domingo, 17 de fevereiro de 2013

Socializando a proposta pedagógica da Creche e Pré-escola Mundo Feliz



 A Proposta pedagógica ora apresentada traz como tema e subtema, BRINCAR E APRENDER TUDO A VER: REVELANDO CONCEPÇÕES E O FAZER PEDAGÓGICO NO COTIDIANO DE EDUCAÇÃO INFANTIL. Nós, que fazemos esta instituição nos sentimos honrados em poder iniciar o ano letivo, tendo como norteador de nossa ação educativa esse imprescindível documento.

 Sendo o primeiro a ser elaborado pela instituição, aliás, surgido junto à creche Pro infância que é também, o nosso orgulho enquanto riachocruzenses. Disponibilizamos este proposta pedagógica para a ampla socialização a àqueles (as) pais, professores, funcionários e demais interessados na educação da nossa instituição. Assim sendo, estamos iniciando o ano letivo e com certeza, iremos aliar as indicações metodológicas ao planejamento pedagógico, pois temos convicção que servirá como um instrumento facilitador do trabalho didático. Afinal, se o conhecimento não tem limite, que este seja apenas o ponto de partida para se chegar a uma educação de muitas práticas exitosas.  



Em fim,  na íntegra a Proposta Pedagógica.






Estado do Rio Grande do Norte
Prefeitura Municipal de Riacho da Cruz
 Secretaria Municipal de Educação Cultura e Desportos – SMEC
Creche e Pré-Escola Mundo Feliz
 





PROPOSTA PEDAGÓGICA
 





BRINCAR E APRENDER TUDO A VER: REVELANDO CONCEPÇÕES E O FAZER PEDAGÓGICO NO COTIDIANO DE EDUCAÇÃO INFANTIL.
 







RIACHO DA CRUZ – RN
SETEMBRO/OUTUBRO DE 2012.





MARCOS AURÉLIO DE PAIVA RÊGO – Prefeito Municipal
LINDALENE DE PAIVA RÊGO DANTAS – Secretária Municipal de Educação
 

ELABORADORES E CO-PARTICIPANTES:
JOSÉ LÁZARO INÁCIO DE MELO – Técnico da SMEC
VERÔNICA MARIA DE MELO SÁ – Técnica da SMEC
MARIA DE FÁTIMA SIMAS MALHEIRO – Técnica do MEC
MARIA DAS GRAÇAS PINHEIRO – Assessora Técnica Municipal
MARIA DE FÁTIMA ARAÚJO DE MEDEIROS PEREIRA – Diretora
ANTÔNIA ILZA FREITAS – Coordenadora Pedagógica
MARIA DE FÁTIMA VARÉLIA – Coordenadora Pedagógica
FRANCISCA LÚCIA DE PAIVA SOARES – Professora
RITA COSTA DO NASCIMENTO PAIVA – Professora
ELIZABETH KELISÂNGELA DE OLIVEIRA BARBOSA – Professora
MARIA IRISMAR COSTA RÊGO – Professora
MARIA LUCIENE GOMES DE PAIVA – Professora
ZENILDA ANDRADE – Professora
LIDRIANA DA COSTA CHAGAS – Professora
REVELÚCIA DE PAIAV FREITAS – Professora
RAFAELA RIBEIRO BORGES – Professora-Auxiliar
MARIA JOSINEUDA DA SILVA – Professora-Auxiliar
LUCIANA MARIA DE ARAÚJO – Professora-Auxiliar
MARIA APARECIDA DA CONCEIÇÃO – Professora-Auxiliar
MELINA LYANNE DE MELO SÁ – Professora-Auxiliar
LEÂNIA CAVALCANTE DELMIRO – Professora-Auxiliar
MARLENE EVARISTO DE PAIVA – Professora-Auxiliar
FRANCISCA ITAMARA SOARES – Professora-Auxiliar
JOSENILTON HÉLIO DE OLIVEIRA – Professor-Auxiliar
FRANCISCO LEONARDO CHAGAS DE LIMA – Professor-Auxiliar
FRANCISCO GILTEMAR DE OLIVEIRA SERAFIM – Pai
MARIA APARECIDA CAVALCANTE DE OLIVEIRA – Mãe
ANTÔNIA SOARES PEREIRA – Secretária
 

Brincar é, sem dúvida, uma forma de aprender, mas é muito mais que isso. Brincar é experimentar-se, relacionar-se, imaginar-se, expressar-se, compreender-se, confrontar-se, negociar, transformar-se, ser. Na escola, a despeito dos objetivos do professor e de seu controle, a brincadeira não envolve apenas a criatividade cognitiva da criança. Envolve a criança toda. A prática social, atividade simbólica, forma de interação com o outro. Acontece no âmago das disputas sociais, implica a constituição do sentido. É criação, desejo, emoção, ação voluntária.
(Fontana & Cruz, 1997, P. 139)
 



SUMÁRIO
 
I.APRESENTAÇÃO:____________________________________________________07

II.INTRODUÇÃO:_______________________________________________________09

III. POLÍTICA DE EDUCAÇÃO  INFANTIL:___________11

IV. MARCO LEGAL DA POLÍTICA DE EUDCAÇÃO INFANTIL:_11

V. REGULAMENTAÇÕES DA EDUCAÇÃO INFANTIL DEFINIDAS PELO CONSELHO ESTADUAL OU MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO:______________                  _12

VI. PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL:_____________14

VII. OBJETIVOS DA PROPOSTA PEDAGÓGICA:__________15

OBJETIVOGERAL:_______________________________1

OBJETIVOS SPECÍFICOS:_________________________16

VIII. HISTÓRICO DA CRECHE E PRÉ-ESCOLA MUNDO FELIZ:_______________17

IX. CONTEXTO DA UNIDADE DE EDUCAÇÃO INFANTIL E DA COMUNIDADE________________________________18

X. QUEM SÃO OS SEUS LABORADORES:____________19

XI. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA PROPOSTA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL:______________20

XII. REFERENCIAL CONCEITUAL:________________________________________21 EDUCAÇÃO INFANTIL:___________________________________________21 CRIANÇA:__________________________________________21 INFÂNCIA:_________________________________________22 CURRÍCULO:_______________________________________22 BRINCAR:__________________________________________23 INTERAÇÃO:________________________________________25 DIVERSIDADE:_______________________________________________________26 FUNÇÃO SOCIAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL:__________  26 EDUCAR E CUIDAR:___________________________________________27 PROFESSOR:________________________________________33 AFETIVIDADE/VÍNCULO:____________________________35 ENSINO APRENDIZAGEM:___________________________35 CULTURA:_________________________________________36
PARCERIAS:___________________________________37 AVALIAÇÃO:_________________________________________________________37

XIII. SOBRE A UNIDADE DE EDUCAÇÃO INFANTIL:_38

XIV. ESTRUTURA DE FUNCIONAMENTO E ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS:__38 LOCAL DE FUNCIONAMENTO:_____________________________38 MODALIDADE DE ATENDIMENTO:____________________________________39

XV. ORGANIZAÇÃO E FORMAS DE UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO REFERENTES AO ATENDIMENTO ÀS CRIANÇAS E AOS ADULTOS:___________________39 

INSTALAÇÕES DA CRECHE ATUAL:___________________________________39 NOVAS INSTALAÇÕES: (FUNCIONARÁ A PARTIR DE  2013):_____________40

XVI. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA O FUNCIONAMENTO DA CRECHE:_________________________________________________________42 CRECHE ATUAL:_____________________________________________________42 NOVAS INSTALAÇÕES DA CRECHE:___________________________________43
XVII. FAIXA ETÁRIA ATENDIDA:________________________________________45
XVIII. CRITÉRIOS DE MATRÍCULA:______________________________________46
XIX. PERÍODO LETIVO:___________________________________________________46
XX. CALENDÁRIO ESCOLAR:_______________________________________47
XXI. ORGANIZAÇÃO DOS TURNOS:________________________________________47
XXII. ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS:________________________________________47
XXIII. RECURSOS HUMANOS:_______________________________________________48
1 - QUADRO DEMONSTRATIVO DE PROFESSORES E AUXILIARES:______48
2 - QUADRO DEMONSTRATIVO DO PESSOAL ADMINISTRATIVO E TÉCNICO-PEDAGÓGICO:_____________________________________________49
3 - QUADRO DEMONSTRATIVO DO CORPO DISCENTE POR ETAPA, NÍVEL E TURNO:____________________________________________________________50
XXIV. RECURSOS FINANCEIROS:___________________________________________50
XXV. A ROTINA DA SALA DE AULA:________________________________________51
XXVI. PARTICIPAÇÃO DAS FAMÍLIAS NAS ROTINAS DA ESCOLA:____________52
XXVII. ESTRATÉGIA DE ATENDIMENTO PARA O PERIODO DE ADAPTAÇÃO:__54
XXVIII. FORMAÇÃO E CARGA HORÁRIA DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS:_54
XXIX. TRABALHO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO COM OS PROFESSORES:______________________________________________________56
XXX. FORMA DE ATENDIMENTO AS DIVERSIDADES E AS CRIANÇAS ESPECIAIS:__________________________________________________________56
XXXI. GESTÃO DA UNIDADE DE EDUCAÇÃO INFANTIL:______________________57
XXXII. FORMA DE INTERAÇÃO ENTRE PROFESSOR-ALUNO E CRIANÇA-CRIANÇA:___________________________________________________________59 INTERAÇÃO PROFESSOR-ALUNO:____________________________________59 INTERAÇÃO CRIANÇA-CRIANÇA:_____________________________________59
XXXIII. COTIDIANO DO TRABALHO PEDAGÓGICO:___________________________60 O TRABALHO COM PROJETOS NA CRECHE E NA PRÉ- ESCOLA:_______60 COMO SÃO TRATADOS OS JOGOS E AS BRINCADEIRAS:_______________61 BRINCADEIRAS E JOGOS MOTORES:__________________________________61 BRINCADEIRAS E JOGOS SIMBÓLICOS:_______________________________62 JOGOS COM REGRAS E INTELECTUAIS:______________________________62 JOGOS E BRINCADEIRAS TRADICIONAIS:_____________________________62 EIXOS DE TRABALHO:_______________________________________________63 INCLUSÃO DIGITAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL:_______________________66 TRANSIÇÃO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL:________________________67
XXXIV. BRASIL CARINHOSO – PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA:_______________68
XXXV. METAS GLOBAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL:______________________69
XXXVI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:____________________________________72
XXXVII. 


ANEXOS:_____________________________________________________________78
I
 - APRESENTAÇÃO
O desafio que permanece é o de delimitar o que é específico da educação infantil. Como traduzir intenções, realizar e promover interações de modo sistematizado em um projeto educacional e pedagógico para educação infantil? Como fazer isso de modo simples e, ao mesmo tempo claro?
(Machado, 2004)
A Proposta Pedagógica da Creche e Pré-Escola Mundo Feliz, situada no município de Riacho da Cruz/RN, é um instrumento teórico metodológico que procura expressar os resultados das reflexões, estudos, participação e conclusão coletiva de uma equipe comprometida com os resultados educacionais e que, ao buscar a identidade para a Educação Infantil a particulariza perante as demais.
Desta forma, torna-se necessário ter clareza sobre a força e os limites desta proposta. A sua corporeidade acontece na interação entre professores, crianças, equipe gestora, pais, funcionários da instituição e comunidade, pois são sujeitos que dão vida à escola. Na sua essência compromete indivíduos com uma ideia, com uma prática libertadora, transformadora. A forma de firmar este compromisso implica planejamento participativo, dando lugar e sentido a uma ação conduzida pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
Dessa forma, a função da Proposta é delinear o horizonte da caminhada, estabelecendo a referência geral, expressando o desejo e compromisso do grupo de elaboração em fazer acontecer de fato “o direito de todos a uma educação de qualidade”.
Partindo dessa premissa a Proposta Pedagógica como um todo, deve ser compreendida numa perspectiva dinâmica, em constante reformulação, ainda que algumas partes sejam de “durabilidade” maior, como por exemplo, o referencial conceitual. Por isso passa a ser vista como um acordo coletivo envolvendo os diferentes segmentos da comunidade escolar, explicitando, a curto, médio e longo prazo, as razões e propósitos de seu compromisso na formação das crianças da Educação Infantil.
A base teórica que sustenta a Proposta ora apresentada está sintetizada nos ideais das escolas de filosofia, sócio interacionista construtivista, que se caracterizam por visarem o desenvolvimento das potencialidades criativas e transformadoras do ser humano, na
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diversidade e nos propósitos das escolas inclusivas, que se caracterizam por não segregarem e/ou discriminarem as crianças sob qualquer pretexto, por estarem constantemente se aprimorando para atender as necessidades educativas de todos os aprendizes. Assim sendo, enquanto uma escola INOVADORA precisa refletir como educar, cuidar e brincar, na Educação Infantil, pode auxiliar no desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento da criança em relação a si e ao mundo, num movimento contínuo de aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.
Assim, essa Proposta pretende atuar e orientar os funcionários e comunidade da Creche e Pré-Escola Mundo Feliz, quanto aos procedimentos essenciais na sua ação educativa. A intenção é que este trabalho represente uma consistente e significativa contribuição a todos os envolvidos na Educação Infantil.
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II - INTRODUÇÃO
Delinear uma Proposta Pedagógica para a Educação Infantil significa pôr Creches e Pré-Escolas diante de atraentes tarefas e sérios desafios. O modo como estas instituições historicamente se organizaram reflete o posicionamento que assumiram acerca de sua função social em face de uma dada representação de criança e de um entendimento de sue processo de desenvolvimento entre outros fatores.
(Moraes, 2011, p. 181)
A Proposta Pedagógica baseia-se na política educacional vigente, preconizada pelo Ministério da Educação e na contribuição de pensadores influentes tais como Piaget, Vygotsky e Wallon, que consonantemente consideram o desenvolvimento humano como resultante de uma dupla história, que envolve as condições do sujeito e as sucessivas situações com as quais ele se envolve e às quais responde num sistema específico de trocas com o meio.
Ao elaborar este documento, a instituição busca destacar a sua função principal que é cuidar e educar, consolidando, desta forma, o seu papel social e viabilizar o sucesso educacional das crianças assistidas preservando o bem-estar físico e mental; estimulando seus aspectos, cognitivo, emocional e social.
Na escola infantil, para realizarmos um trabalho onde a educação e o cuidado estejam presentes, devemos definir esta proposta pedagógica dentro de princípios éticos, políticos e estéticos. Éticos – Autonomia, responsabilidade, solidariedade e respeito ao bem comum; Políticos – Direitos e deveres do cidadão, exercício da criticidade e respeito a ordem democrática; Estéticos – Sensibilidade, criatividade, ludicidade e diversidade de manifestações artísticas e culturais.
Decidimos por uma fundamentação pedagógica que permita acompanhar o educando em seu desenvolvimento considerando suas particularidades e ao mesmo tempo oferecendo suporte afetivo e educativo.
Esta Proposta é flexível e será permanentemente revisada, atualizada e concretizada nos projetos educacionais, planejados periodicamente. Nela, estão contidas as tendências pedagógicas contemporâneas utilizadas na educação infantil, bem como, o sistema de estimulação, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças. As metas aqui propostas efetivar-se-ão em parceria com toda a comunidade escolar e com o real comprometimento de todos os profissionais que a elaboraram. Fundamenta-se na construção de um conhecimento que não é pronto e acabado, mas que está em permanente avaliação e reformulação, de acordo com os avanços dos principais paradigmas educacionais da atualidade ou outras alterações que se fizerem necessárias.
Não deseja ser, portanto um manual de ação pedagógica, mas um caminho aberto para ser enriquecido pela dinâmica da prática, tanto nos aspectos estruturais, como nos conteúdos e metodologias educacionais praticados.
Pretendemos que esta proposta seja impulsora e condutora do bom desempenho do corpo técnico e administrativo no alcance das metas e objetivos que a escola se propõe a concretizar durante a sua trajetória.
A concretização de boas Propostas Pedagógicas em Creche e Pré-Escola inicia-se pela consideração de que os professores de Educação Infantil apropriam-se de modelos pedagógicos e de representações sociais aprendidos em programas de formação profissional ou vividos em suas experiências profissionais como elementos canalizadores das ações educativas.

III - POLÍTICA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

A Educação Infantil é primeira etapa da Educação Básica, ofertada por meio do atendimento em creches, de 0 a 3 anos e 11 meses, pré-escolas de 4 a 5 anos e 11 meses, instituídos em estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social.
Da mesma forma, aprendizagem são construções pessoais em interações com “Outros” num vínculo genuíno de troca, respeito mútuo e autoria. Espaço onde se cria um canal mágico do estar com, em conversações internas e externas (informações) e intervenções que podem possibilitar a mudança, ressignificações e construções em cada um e em seus diferentes lugares.
As políticas de educação infantil devem garantir os direitos do aprender, do cuidar e brincar, dimensões indissociáveis nas práticas educativas com crianças, bem como se constituir em política de Estado.

IV - MARCO LEGAL DA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO INFANTIL
Os fundamentos teóricos e princípios adotados para a construção da Proposta Pedagógica da Creche e Pré-Escola Mundo Feliz respaldam-se na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96), Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI), Estatuto da Criança e Adolescentes (ECA).
Neste sentido, refletindo acerca do contexto histórico da Educação Infantil no Brasil, e da Educação em uma perspectiva ampla, identificamos que a partir da década de 1980, com o avanço da democratização no país, observam-se mudanças impulsionadas por mobilização popular, entre elas a luta pelo direito à educação, este que foi reafirmado com a Constituição Federal de 1988, que também define o atendimento em creches e pré-escolas para crianças de zero a seis anos de idade como dever do Estado, organizado em sistemas de ensino nas diferentes esferas administrativas, garantindo o acesso e a permanência na escola pública, gratuita e de qualidade.
A LDB nº 9.394 de 1996, em seu Artigo. 29 define a Educação Infantil como a primeira etapa da Educação Básica, com a finalidade do desenvolvimento integral da criança

de zero a cinco anos de idade em seus aspectos físico, afetivo, intelectual, linguístico e social, complementando a ação da família e da comunidade. Ainda, em seu art. 8º, parágrafo 1º, dispõe “Caberá à União a coordenação da política nacional de educação, articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo funções normativas, redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais”.
V - REGULAMENTAÇÕES DA EDUCAÇÃO INFANTIL DEFINIDAS PELO CONSELHO ESTADUAL OU MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
A criança de 6 anos de idade passa a integrar o ensino fundamental de 8 anos de duração, por meio da Lei nº 11.114, de maio de 2005, com garantia de ensino gratuito e obrigatório. No ano seguinte, o ensino fundamental é ampliado para 9 anos de funcionamento (Lei 11.274/2006).
Após um extenso trabalho de reivindicação dos movimentos em defesa da Educação Infantil, em junho de 2007 foi criada a Lei 11.494, que passa a incluir as instituições públicas conveniadas com o setor público no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
O Ministério da Educação lançou em abril de 2007, Decreto 6.094, o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE com a prioridade de desenvolver uma educação básica de qualidade da creche à pós-graduação, numa visão sistêmica, que integra os diversos níveis do processo educacional. Em seu âmbito, cria-se o Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, em que inaugura um novo regime de colaboração, conciliando a atuação dos entes federados sem lhes ferir a autonomia, envolvendo primordialmente a decisão política, a ação técnica e atendimento da demanda educacional, visando à melhoria dos indicadores educacionais da educação básica.
Ainda no PDE cria-se o Programa Nacional de Aparelhagem da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância) para construção e compra de equipamento de creches e escolas de educação infantil. Para tal, em 2007 e 2008 foram conveniadas 1022; em 2009, mais 700 instituições; em 2010, mais 500 instituições; em 2011 mais 1.500 instituições; com previsão de 6.000 instituições de educação infantil ao todo até o ano de 2014.
Nos últimos anos, ainda, no âmbito das políticas para a educação infantil, o MEC realizou a inclusão de acervo da educação infantil (60 títulos) no Programa Nacional de

Biblioteca da Escola (PNBE); criou programas suplementares de material para a educação infantil; fortaleceu o Programa Nacional de Alimentação Escolar com a distribuição de materiais orientadores, elaborados pelo Ministério da Saúde para creches e pré-escolas; entre outras ações.
A Emenda Constitucional nº 59/2009, prevê a obrigatoriedade do ensino de quatro a dezessete anos e amplia a abrangência dos programas suplementares para todas as etapas da educação básica.
Em 2009, o Conselho Nacional de Educação, por meio da Câmara de Educação Básica, fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI), de caráter mandatório, orientando a formulação de políticas para a educação infantil, incluindo o planejamento, desenvolvimento e avaliação pelas unidades de seu Projeto Político-Pedagógico.
As DCNEI determina, ainda, a garantia de cada criança ao acesso a processos de construção de conhecimentos e a aprendizagem de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência e interação com outras crianças.
De acordo com o artigo 6º da Constituição Federal de 1988, Educação e Saúde são direitos sociais. Ambas são, igualmente, direito de todos e dever do Estado, conforme preconizam os artigos 196 e 205 desta Constituição.
Tais preceitos constitucionais encontram ressonância na legislação educacional. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9.394/1996 (LDB), dispõe, no Artigo 2º, entre os direitos fundamentais da criança e do adolescente, o direito à vida e à saúde.
A garantia aos mesmos direitos é preconizada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei 8.069, de 13 de julho de 1990) que ademais dispõe em detalhe acerca do atendimento necessário à mãe gestante, à parturiente, à criança e ao adolescente, definindo obrigações para o poder público e o Sistema Único de Saúde - SUS, entre outros agentes.
Outrossim, o parecer do Conselho Nacional de Educação para as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil corrobora com esse direito quando determina
“As instituições de Educação Infantil devem assegurar a educação em sua integralidade, entendendo o cuidado como algo indissociável ao processo educativo”. E, ainda: “As práticas envolvidas nos atos de alimentar-se, tomar banho, trocar fraldas e controlar os esfíncteres, na escolha do que vestir, na atenção aos riscos de adoecimento mais

fácil nessa faixa etária, no âmbito da Educação Infantil, não são apenas práticas que respeitam o direito da criança de ser bem atendida nesses aspectos, como cumprimento do respeito à sua dignidade como pessoa humana. Elas são também práticas que respeitam e atendem ao direito da criança de apropriar-se, por meio de experiências corporais, dos modos estabelecidos culturalmente de alimentação e promoção de saúde, de relação com o próprio corpo e consigo mesma, mediada pelas professoras e professores, que intencionalmente planejam e cuidam da organização dessas práticas”.
Assim sendo, de acordo com o marco legal, as crianças passam a ser inseridas na perspectiva dos direitos humanos à saúde, cuidado, alimentação, entre outros, bem como a participação na vida social e cultural em que está inserida.

VI - PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
A Proposta Pedagógica é o plano orientador das ações da instituição e define metas que se pretende para a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças que nela são educados e cuidados. É elaborado num processo coletivo, com a participação da direção, dos professores e da comunidade escolar.
A proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve ter como objetivo garantir à criança acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência e à interação com outras crianças (Res CNE/CEB nº 5/2009, art.8º).
As propostas pedagógicas da Educação Infantil deverão considerar que a criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura. (Res CNE/ nº 5/2009, art.4º).
A proposta pedagógica revela o contexto, a história, os sonhos, os desejos, as crenças, os valores, as concepções, indicando os princípios e as diretrizes que orientam a ação de educar as crianças. Revela ainda as formas de organização, planejamento, avaliação, as articulações, os desafios e formas de superá-los. Uma vez que o processo de constituição de

identidades é dinâmico, a mesma está sempre num movimento de construção e reconstrução. Toda instituição implementa uma proposta pedagógica por meio de práticas e ações.
O Projeto Político-Pedagógico (PPP) ou Proposta Pedagógica deve ser organizado, respeitando as exigências das Diretrizes Curriculares nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) de forma a contemplar: Aspectos políticos e filosóficos, que explicitem o histórico e a contextualização sócio-político cultural da instituição; os objetivos do trabalho; as concepções de criança, de Educação Infantil, aprendizagem, desenvolvimento, infância, educar e cuidar, diversidade e pertencimento; Aspectos da estrutura e funcionamento da instituição e da prática pedagógica cotidiana: organização e gestão do trabalho educativo (critérios de matrícula, enturmação, recursos humanos e formação inicial e continuada, seus papéis no processo educativo, regras, normas, espaço físico, infraestrutura, mobiliários, recursos didáticos, relação com a família e comunidade, parcerias, convênios, entre outros); proposta curricular, metodologias, referenciais teóricos que fundamentam as práticas, formas de seleção e organização do conhecimento, bem como eixos e aspectos a serem trabalhados, práticas de planejamento e avaliação (concepção, instrumentos, momentos), organização dos espaços e ambientes, organização dos tempos, as múltiplas relações e interações que se estabelecem entre os diversos atores envolvidos e as diferentes transições na educação infantil e para o ensino fundamental.
 
VII - OBJETIVOS DA PROPOSTA PEDAGÓGICA
OBJETIVO GERAL

Garantir à criança o acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, àsaúde, à liberdade, à confiança ao respeito, a dignidade, à brincadeira, à convivência e a interação com outras crianças. 


OBJETIVOS ESPECÍFICO


  • Dar a verdadeira oportunidade para as crianças a se transformarem em cidadãos conscientes de seus direitos e deveres para com a sociedade;
  •  Valorizar a educação como um instrumento de humanização e de interação social; 
  • Promover o respeito aos direitos da criança tendo como referência o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente; 
  • Propiciar a criança ambiente calmo e acolhedor que lhe permita uma descoberta para o amor e a segurança com os quais se cercam; 
  • Respeitar as diversidades de expressões culturais, a identidade e a individualidade; 
  • Fortalecer a participação dos pais nas atividades escolares; 
  • Priorizar o aspecto lúdico e as brincadeiras como processo de aprendizagem; 
  • Estimular o desenvolvimento da criança respeitando o seu nível de maturação; 
  • Proporcionar condições para o desenvolvimento integral e harmônico da criança, em seus aspectos biopsicossocial e cultural respeitando seus interesses e suas necessidades; 
  • Propiciar o acesso a cultura local como uma forma de socializar os valores existentes na comunidade; 
  • Desenvolver projetos e procedimentos que visem estimular uma dinâmica participativa entre profissionais, crianças e família no âmbito da escola; 
  • Promover eventos educativos e culturais; 
  • Despertar nos familiares e moradores próximos o espírito de cooperação de modo a manter em segurança as instalações da instituição; 
  • Trabalhar em parcerias com outros setores da sociedade, através de instrumentos específicos, em acordo com as finalidades e objetivos da escola; 
  • Proporcionar a Formação Continuada em Serviço dos profissionais da Educação Infantil para a reflexão da prática.
  •  VIII - HISTÓRICO DA CRECHE E PRÉ-ESCOLA MUNDO FELIZ
    A Creche e Pré-Escola Mundo Feliz, localiza-se na zona urbana do Munícipio de Riacho da Cruz – RN, na Av. São Pedro, N° 885, Bairro Centro, em uma área bastante arborizada. É registrada no INEP através do N° 24019461.
    Esta Instituição foi fundada em 19 de Abril de 1982, na gestão do então Prefeito Sr. Geraldo Gurgel de Amorim, onde recebeu o nome de Projeto Casulo, implantado pela LBA – Legião Brasileira de Assistência, órgão federal da Assistência Social, para atender somente às crianças de famílias carentes, onde sua finalidade era focada apenas na parte nutricional, social e recreativa. Seu regime de funcionamento distribuía-se em dois (02) turnos: Matutino e Vespertino para atender uma demanda de 68 crianças. Sua estrutura física era 01 diretoria, 02 salas de aula, 01 sala de recreação, 01 cozinha com refeitório e 01 banheiro. Sua primeira administração foi a Professora Francisca Fernandes da Silva sob a orientação da Assistente Social Luzinete Freitas Torres, ambas nomeadas pela Prefeitura de Riacho da Cruz.
    A partir de 1983, como não havia outra Unidade de Educação Infantil, o Poder Público Municipal expandiu o atendimento da Instituição, para que todas as crianças com a idade da Educação Infantil, sem restrição de classe social, pudessem ser matriculadas.
    Em 1988, o regime de funcionamento passa por mudança, o horário passou a ser integral, atendendo a uma Política voltada cada vez mais a suprir a carência nutricional das crianças de baixa renda, permanecendo assim até o ano 2000, voltando mais uma vez a funcionar em dois turnos.
    Com a extinção dos “Projetos Casulos”, a Instituição passa a ser denominada em 1998 de Creche e Pré-Escola Mundo Feliz.
    Atualmente a Instituição tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança a partir de 01 ano e 06 meses a 05 anos e 11 meses de idade, visando um trabalho voltado à socialização, ao cuidar e ao educar simultaneamente, priorizando todos os aspectos, desde o físico, o psicológico, o intelectual ao social, e ainda complementando-se com a ação familiar e comunidade, conforme a Lei de Diretrizes e Bases – LDB, em seu Art. 29. Nesse sentido, temos como principio compreender a infância e reconhecer a criança, numa perspectiva de educação para a cidadania que reflita na qualidade de formação do ser humano que interage ativamente com o meio em que vive.
    A referida Instituição utiliza-se de teorias pedagógicas, em seu processo de ensino e aprendizagem, tendo como parâmetro a linha socioconstrutivista e interacionista.
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    Contamos com uma clientela escolar composta de 205 crianças pertencentes às classes média e baixa, funcionando em dois (02) turnos, por médias iguais de idades, distribuídas em duas etapas: Creche, que compreende o Maternal I e II e Pré-Escola, compreendendo o Pré I e II.
    Frente à gestão da Creche, desde sua fundação, além da primeira gestora já citada anteriormente, elencamos as senhoras Rita Fernandes Rocha, Alaíde Pereira de Menezes Silvano, Maria Elcivânia Melo de Paiva Rêgo, Benta Suely de Paiva Rêgo e Maria de Fatima Araújo de Medeiros Pereira, já atuando pela segunda vez.
    Hoje a Escola está constituída fisicamente de 01 diretoria/secretaria, 04 salas de aula, 01 sala de recreação, 01 cozinha, 01 deposito, 05 banheiros e áreas livres cobertas, onde se desenvolve atividades lúdico-culturais.
    O quadro de recursos humanos compreende 08 professores, 10 auxiliares bolsistas, diretora, 02 coordenadoras pedagógicas, 01 secretária, 01 auxiliar de secretaria, 02 digitadores bolsistas, 11 ASG e 02 porteiros bolsistas. Devendo o mesmo ser ampliado a partir de 2013, ano em que a instituição funcionará nas novas instalações do programa PróInfância.
    A Escola dispõe de Regimento Interno, em fase de atualização; de uma Unidade Executora (Caixa Escolar) e o Projeto Político Pedagógico em construção.
    Riacho da Cruz – RN, 31/07/2012.
    IX - CONTEXTO DA UNIDADE DE EDUCAÇÃO INFANTIL E DA COMUNIDADE
    A nossa clientela compõe-se de crianças com diferentes níveis e histórias de vida pertencentes à famílias de classe baixa e média onde a maioria dos pais trabalham fora nos mais diversos setores, como residências, comércio, prefeitura, estado, construção civil, dentre outros. A mesma está inserida num contexto em que os filhos, por vários motivos, não têm os pais presentes no seu dia-a-dia ou até mesmo não os têm presentes em suas vidas, dificultando assim, o seu desenvolvimento no processo ensino aprendizagem.
    Essa desestruturação familiar verificada em nossa comunidade escolar tem como fatores preponderantes: o desemprego, a baixa renda familiar, pais separados, violência doméstica, alcoolismo, etc.(diagnóstico escolar). Diante disso, a escola se torna o espaço necessário para agregar estas crianças.
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    A nossa escola é a única a ofertar a modalidade de educação infantil no município. Atualmente atende crianças de 1 ano e 6 meses a 5 anos, em 4 turmas por turno, desenvolvendo uma educação com o planejamento de atividades pedagógicas inerentes a faixa etária. Porém nos deparamos com um problema sério quanto ao espaço para desenvolver as atividades, pelo fato da estrutura física ser muito restrita, o que será corrigido quando do seu funcionamento nas novas instalações, na Creche PróInfância, em 2013, quando ampliará o atendimento para a faixa etária a partir de 4 meses. Esta é a nossa maior meta.
    Quanto aos professores, há certa rotatividade que esperamos minimizar através de Concurso Público previsto pelo Poder Público Municipal, assegurado no Plano de Cargos e Carreiras e pelo Orçamento Público do município.
    Atualmente a instituição está inserida numa região onde predominam residências de pequeno e médio porte e encontra-se próxima ao Cemitério local.
    Brevemente a instituição mudará para as novas instalações da Creche Modelo do Proinfância, localizada em meio a poucas residências, quase todas de porte médio, ficando próxima a uma pequena fábrica artesanal de bolos.
    A população anseia por uma escola de Educação Infantil que venha a contribuir na formação da criança, favorecendo oportunidades a serem incentivadas pelos educadores, a examinar, explorar, construir significações, possibilitando o ensino de qualidade.
    Os pais e comunidade são participativos nos eventos que a escola oferece, contribuindo assim para o melhor desenvolvimento da instituição.
    Apesar dos problemas, acreditamos que com a formação continuada para professores, o trabalho em equipe, a parceria com os pais e a SMEC, possamos oferecer um ensino de qualidade para as crianças desta comunidade.
    X - QUEM SÃO OS SEUS ELABORADORES
    A elaboração da Proposta Pedagógica da Creche e Pré-Escola Mundo Feliz contou com a participação de todos os segmentos da escola, professores, gestores, merendeiras, coordenadores pedagógicos, família, líderes comunitários, representante do Conselho Municipal de Educação, entre outros, levando-se em consideração os interesses e necessidades das crianças, tendo em vista que a elaboração, implementação e avaliação do trabalho educativo é tarefa de toda a comunidade escolar, numa relação de parceria, de trocas,
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    de corresponsabilidade no cuidar e educar das crianças, para que haja coerência nas ações entre eles e, dessa forma, a criança seja beneficiada.
    Foi indispensável a comunicação com a família, a reflexão acerca das etapas do desenvolvimento humano, sobre a proposta pedagógica institucional, sobre a inclusão e a diversidade num processo de intercâmbio e trocas constantes considerando as expectativas, vivências e concepções da família em relação à educação e aos cuidados para com as crianças.
    XI - PRINCÍPIOS NORTEADORES DA PROPOSTA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
     Contexto: porque diz respeito a uma instituição específica, situada numa determinada realidade, envolvendo crianças, famílias e profissionais concretos;
     Organização: porque prevê a organização do trabalho com crianças de 0 a 5 anos e 11 meses numa instituição educativa;
     Intencionalidade: porque esse trabalho prevê metas e objetivos em relação à formação das crianças, numa ação à da família e da comunidade;
     Unidade: porque, a proposta pedagógica deve buscar uma unidade de concepções e de formas de conduzir o trabalho, que estas sejam coerentes com as concepções;
     Coerência: porque prevê uma busca constante de coerência entre o que acreditamos e o que fazemos;
     Consistência: porque é um trabalho fundamentado não apenas nas crenças e experiências daqueles envolvidos na instituição, mas também nos conhecimentos produzidos na área;
     Consciência: porque é um trabalho profissional e para desenvolvê-lo devemos ter consciência do que fazemos, para que fazemos e de como fazemos;
     Participação: porque prevê o envolvimento dos profissionais, crianças e famílias que compõem a instituição de Educação Infantil;
     Compromisso: porque aqueles que participam de sua elaboração devem se comprometer com a implementação das questões registradas na proposta pedagógica, avaliando-as continuamente.
     Provisoriedade: porque a proposta pedagógica de uma instituição é sempre provisória, estando sempre num movimento de construção e reconstrução.
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    XII - REFERENCIAL CONCEITUAL
    EDUCAÇÃO INFANTIL
    “Primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, às quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social. É dever do Estado garantir a oferta de Educação Infantil pública, gratuita e de qualidade, sem requisito de seleção.”
    A educação infantil é um direito humano e social de todas as crianças até seis anos de idade, sem distinção alguma decorrente de origem geográfica, caracteres do fenótipo (cor da pele, traços de rosto e cabelo), da etnia, nacionalidade, sexo, de deficiência física ou mental, nível socioeconômico ou classe social.
    Todas as instituições de educação infantil localizadas em um município, tanto as públicas quanto as privadas, integram o respectivo sistema de ensino estadual, distrital ou municipal (LDB, art. 18, incisos I e II).
    Esse tratamento integral dos vários aspectos do desenvolvimento infantil evidencia a indissociabilidade do educar e cuidar no atendimento às crianças. A educação infantil, como dever do Estado é ofertada em instituições próprias – creches para crianças até 3 anos e pré-escolas para crianças de 4 e 5 anos – em jornada parcial ou integral, por meio de práticas pedagógicas cotidianas.
    Essas práticas devem ser intencionalmente planejadas, sistematizadas e avaliadas em um projeto político-pedagógico (proposta curricular), que deve ser elaborado com a participação da comunidade escolar e extra-escolar e desenvolvido por professores habilitados. A educação infantil ocorre em espaços institucionais, coletivos, não domésticos, públicos ou privados, caracterizados como estabelecimentos educacionais e submetidos a múltiplos mecanismos de acompanhamento e controle social.
    CRIANÇA
    “Sujeito histórico e de direitos, que nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende,
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    observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura”.
    INFÂNCIA
    É preciso que se compreendam crianças, jovens e adultos inseridos na história e na cultura e produtores de história e cultura, que se concebam a infância e a adolescência como categorias sociais e não fases efêmeras que precisam ser aligeiradas em nome da modernidade e de sua ânsia de futuro e superação.
    É preciso ainda compreender e respeitar a criança, o jovem, o adulto nas suas particularidades e diferenças, garantindo uma mesma atitude frente às desigualdades, a opressão, ao autoritarismo, a discriminação de gênero, o racismo e tantas outras formas de preconceito sempre contrárias à democracia. Porém, para que essa multiplicidade não se esgote numa simples diversidade, é preciso que se forje também uma sintonia. Construir a unidade na diversidade e contra a desigualdade – eis um desafio para a construção de uma proposta pedagógica que aposte na seriedade e na qualidade, também um pressuposto para orientar essa avaliação.
    CURRÍCULO
    “Conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos e 11 meses de idade”.
    O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade (Res CNE/CEB nº 5/2009, art. 3º). Intencionalmente planejadas e permanentemente avaliadas, as práticas que estruturam o cotidiano das instituições de Educação Infantil devem considerar a integralidade e indivisibilidade das dimensões expressivo-motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, estética e sociocultural das crianças, apontar as experiências de aprendizagem que se espera
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    promover junto às crianças e efetivar-se por meio de modalidades que assegurem as metas educacionais de seu projeto pedagógico (Parecer CNE/CEB nº 20/2009, pág. 6).
    As propostas curriculares da Educação Infantil devem garantir que as crianças tenham experiências variadas com as diversas linguagens, reconhecendo que o mundo no qual estão inseridas, por força da própria cultura, é amplamente marcado por imagens, sons, falas e escritas. Nesse processo, é preciso valorizar o lúdico, as brincadeiras e as culturas infantis (Parecer CNE/CEB nº 20/2009, pág. 6).
    BRINCAR
    Definir o brincar como uma atividade que dá prazer à criança é incorreto por duas razões: muitas atividades dão a criança experiências de prazer mais intensas, como por exemplo: chupar a chupeta; existem jogos nos quais a própria atividade não é agradável igual a jogos que só dão prazer à criança se ela considerar o resultado interessante (quando não perde).
    Entende-se que o brincar preenche necessidades da criança, aquilo que é motivo para ação. A criança satisfaz certas necessidades no brinquedo. Se ignorarmos as necessidades da criança e os incentivos que são eficazes para colocá-la em ação, nunca seremos capazes de entender seu avanço de um estágio do desenvolvimento para outro, porque todo avanço está conectado com uma mudança acentuada nas motivações, tendências e incentivos.
    Para os bebês, por exemplo, é necessário um número maior de um mesmo tipo de brinquedo e/ou material, pois ainda é difícil para eles entenderem que devem compartilhar as coisas na sala. A rotatividade destes, em sala, é igualmente imprescindível e deve ser feita criteriosa e o mais frequentemente possível ou de acordo com a demanda das crianças.
    Nesse sentido, pode-se perguntar: que necessidades a criança tem? Se não entendermos o caráter especial dessas necessidades, não podemos entender a singularidade do brinquedo como uma forma de atividade. A tendência da criança é satisfazer seus desejos imediatamente. Entretanto na pré-escola surge uma grande quantidade de tendências e desejos não possíveis de serem realizados imediatamente.
    O brincar parece ser inventado justamente quando as crianças começam a experimentar tendências irrealizáveis. Como exemplo ocupar o papel de sua mãe, quando não consegue pode ficar mal humorada. Para resolver essa tensão, a criança em idade pré-escolar
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    envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizados e esse mundo é o que chamamos de brincar.
    Se todo brincar é realização, a realização na brincadeira das tendências que não podem ser imediatamente satisfeitas, então os elementos das situações imaginárias se constituirão automaticamente, uma parte da atmosfera emocional do próprio brinquedo.
    Da mesma forma que numa situação imaginária tem que conter regras de comportamento, todos os jogos com regras contem uma situação imaginária. O jogo mais simples com regras transforma-se imediatamente numa situação imaginária, no sentido de que, assim que o jogo é regulamentado por certas regras, várias possibilidades de ação são eliminadas.
    A ação numa situação imaginária ensina a criança a dirigir seu comportamento não somente pela percepção imediata dos objetos ou pela situação que a afeta de imediato, mas também pelo significado dessa situação.
    Um estágio vital de transição em direção à operação com significados ocorre quando pela primeira vez, a criança lida com os significados como se fossem objetos (como por exemplo, ela lida com o cabo de vassoura pensando ser um cavalo).
    Numa fase posterior a criança realiza esses atos de forma consciente. Nota-se essa mudança, também no fato de que, antes da criança ter adquirido linguagem gramatical e escrita, ela sabe como fazer várias coisas sem saber que sabe, ou seja, ela não domina essas atividades voluntariamente. No brincar, espontaneamente, a criança usa sua capacidade de separar significado do objeto sem saber o que está fazendo, da mesma forma que ela não sabe estar falando em prosa e, no entanto, ela fala, sem prestar atenção as palavras.
    Em síntese, pode-se afirmar que o brincar cria na criança uma nova forma de desejos, ensina-a a desejar, relacionando seus desejos a um “eu” fictício, ao seu papel no jogo e suas regras. Dessa maneira, as maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brincar, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade.
    Brincar é vital para a criança. A brincadeira tem uma função lúdica que estimula a imaginação da criança. Por meio do brincar é que a criança vai significar e ressignificar o real, tornar-se sujeito e partícipe.
    A brincadeira é um espaço de aprendizagem, de imaginação e reivindicação da realidade.
    Desde muito cedo, as crianças envolvem-se em diferentes brincadeiras. O brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento das crianças pequenas. Por meio
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    das brincadeiras, a criança pode desenvolver algumas capacidades importantes, tais como: a atenção, a imitação, a memória e a imaginação. Ao brincar, as crianças exploram e refletem sobre a realidade e a cultura na qual vivem, incorporando-se e, ao mesmo tempo, questionando regras, papéis sociais e recriando cultura. Nos jogos de faz de conta, por exemplo, a criança recria situações que fazem parte de seu cotidiano, trazendo personagens e ações que fazem parte de suas observações.
    O modo como as crianças vão se apropriar dos objetos que são colocados a sua disposição para brincar e os enredos que vão criar a partir deles depende da cultura na qual a criança está inserida. A criança aprende a brincar com os outros membros de sua cultura.
    Primeiramente com os mais próximos e, à medida que cresce e se desenvolve, vai ampliando seu rol de relações. Suas brincadeiras são repletas de hábitos, valores e conhecimentos do grupo social ao qual pertence. Por isso dizemos que a brincadeira é histórica e socialmente construída.
    Ou seja, a criança utilizará as experiências que vive em sua comunidade – os valores que circulam as tradições, os personagens do folclore típico da localidade.
    Por último cabe ressaltar que o brincar é, acima de tudo, um direito da criança e como tal deve ser respeitado. Constitui-se em um dos dois eixos de trabalho preconizado pelas DCNEI. Portanto, a unidade de educação infantil não pode deixar de oferecer momentos do brincar as crianças pequenas, pois estaria impedindo o processo de aprendizagem.
    A brincadeira não é uma atividade que a criança já nasce sabendo. Brincar implica troca com o outro, trata-se de uma aprendizagem social. Nesse sentido, a presença do professor é fundamental, pois será ele quem vai mediar as relações, favorecer as trocas e parcerias, promover a integração, planejar e organizar ambientes instigantes para que o brincar possa se desenvolver.
    O professor precisa refletir sobre a importância e o papel das brincadeiras no seu trabalho. Deve fazer de todas as atividades de educar e cuidar um brincar: no banho, nas trocas, na alimentação, na escovação dos dentes, na contação de histórias, no cantar, no relacionar. Brincar dá à criança oportunidade para imitar o conhecido e construir o novo.
    INTERAÇÃO
    “Se as interações sociais e educativas pressupõem a manifestação e o confronto de diferentes ideias, não cabe, sob nenhuma hipótese, colocar apenas sobre os ombros do
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    professor a tarefa de promovê-las. De nada adianta um professor competente e criativo atuando em uma escola autoritária, rígida e hierárquica. Professores que exerçam efetivamente o papel de mediadores entre alunos e conhecimento, facilitando a aproximação dos primeiros ao segundo são absolutamente necessários. De igual forma, é absolutamente imprescindível que a organização escolar se transforme para acolher as interações educativas que nela se passam. Assim, se a construção de conhecimentos se dá na interação social – entre professores e alunos e entre os próprios alunos – faz-se urgente refletir sobre a estrutura e o modo de funcionamento da escola, buscando fazer dela um espaço onde o saber socialmente construído seja de fato socialmente distribuído...”.
    DIVERSIDADE
    É a escola que integra e inclui a todos. Que consegue fazer com que todos e cada um no seu nível, possibilidades e limitações, consigam aprender e se desenvolver integralmente; que respeita as diferenças; que cria um ambiente rico com diferentes estímulos para aprender o mesmo objeto, tendo em vista as diferenças.
    Os grandes desafios para construir a escola inclusiva são: a formação do professor para ações educativas inclusivas; a parceria das famílias para esse trabalho; os espaços, recursos e materiais didáticos adaptados para atender às diferenças; e a construção de uma proposta pedagógica que contemple as diferenças, diversificando as experiências com estímulos diferentes.
    As crianças devem estar todas juntas aprendendo. A diferença é um fator importante para os processos de aprendizagem e desenvolvimento, pois eles se tornam mais efetivos quando se tem a oportunidade de realizar trocas com pares em níveis de aprendizagens e desenvolvimento diferentes, gerando novos desafios e contribuindo para que as pessoas avancem em suas conquistas.
    FUNÇÃO SOCIAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL
    “....reconhecer o papel social da pré-escola (educação infantil) significa reconhecer como legítimos e, mais do que isso, assumir junto com a escola pública, a tarefa de universalização dos conhecimentos. Reconhecer o papel social da pré-escola (educação infantil) significa compreender que ela tem função a função de contribuir com a escola. Nem
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    inútil, nem incapaz de resolver todos os problemas futuros, nem tampouco importante em e por si mesma, a pré-escola (educação infantil) tem sim, como papel social o de valorizar os conhecimentos que as crianças possuem e garantir a aquisição de novos conhecimentos, exercendo o que me acostumeis a chamar de função pedagógica da pré-escola (educação infantil), para diferenciá-la das demais ( in Souza, S. J. & kramer, S –Educação ou Tutela, 1991, pag.52)”
    Desta forma, evidencia-se:
     Considerar o universo cultural da criança;
     Não considerar unicamente os aspectos do desenvolvimento cognitivo, organizados em áreas de conhecimento compartimentadas conforme as disciplinas escolares, visando a alfabetização;
     Não separar o conhecer do desenvolver;
     Valorizar o jogo e o brinquedo como atividades fundamentais da criança;
     Valorizar as interações: criança com o objeto do conhecimento, criança com criança (de diferentes idades/grupos na própria unidade escolar, criança com adultos, crianças e suas famílias; crianças e demais profissionais de educação da escola);
     Articular as atividades relativas ao cuidado às atividades da função pedagógica;
     Considerar de fato a criança como um ser social, produtor de cultura.
    EDUCAR E CUIDAR
    A dimensão do cuidado deve receber especial atenção na Proposta Pedagógica, em especial com as crianças da faixa etária compreendidas entre 0 e 36 meses de idade. Cuidado refere-se a uma postura de respeito às necessidades integrais da criança, observando o conforto, a alimentação, a socialização, os momentos de repouso, e, também, respeito às necessidades emocionais e características individuais.
    Cabe destacar que a ênfase para o cuidado não significa abrir mão da dimensão educativa, presente no binômio educar e cuidar. A criança tem direito ao conhecimento, e ao reconhecimento de si mesma como um sujeito que integra suas várias dimensões, biopsicossocial.
    Cuidar e educar envolve amor, afetividade, criatividade, estudo, dedicação, cooperação, conhecimento dos aspectos biológicos e maturacionais da criança e respeito às necessidades e singularidades de cada um. É importante ressaltar que as necessidades da
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    criança devem ser observadas, ouvidas, respeitadas e atendidas pelo/pela professor/a, para que em parceria com as demais pessoas que compõem a comunidade escolar (direção, servidores, pais e comunidade) proporcionem condições ao desenvolvimento integral da criança. Para tanto, o ambiente da creche deve ser rico de experiências para exploração ativa, compartilhadas por crianças e adultos, em que as relações sociais estabelecem o diálogo como forma de construção do conhecimento.
    A instituição educacional, que atende crianças nessa faixa etária, na perspectiva da construção de uma sociedade mais democrática e pluralista, deve se pautar por uma estrita relação com a família, procurando entender e respeitar os diferentes tipos de família, seu histórico, sua cultura, propiciando um diálogo aberto considerando-as como interlocutoras e parceiras no processo educativo infantil.
    É importante salientar que a criança ao ingressar na creche vive um momento de separação, sai de um ambiente familiar, em que normalmente já reconhece as pessoas com as quais convive para um ambiente desconhecido para ela. Essa situação requer preparo do/da professor/a, paciência e disponibilidade da família, para que a adaptação aconteça de forma não conflituosa. Nos primeiros dias, é fundamental que algum membro de sua família permaneça por perto durante certo período, o que será reduzido gradativamente. O/A professor/a deve encontrar diferentes maneiras para que a criança interaja com as pessoas com as quais ela passará a conviver. Durante esse período de adaptação, objetos pessoais da criança como: chupeta, fraldinha, ursinho etc. podem fazê-la sentir-se mais segura.
    Para que nessa etapa de ensino, o trabalho se dê com qualidade é preciso organizar o espaço, os materiais e o tempo. O espaço físico deve ser acolhedor, aconchegante e seguro e, ao mesmo tempo promotor de aprendizagem. Os materiais precisam ser estimuladores e adequados à faixa etária e o tempo deve ser flexível, respeitando as fases de desenvolvimento das crianças. A pessoa que cuida e educa deve usar um tom de voz suave, transmitindo tranquilidade e segurança.
    Uma das preocupações básicas das atividades de cuidado pessoal é com a saúde. Esta deve ser entendida como o bem-estar físico, psicológico e social do sujeito. Ressalta-se que a higiene e a boa alimentação são alguns dos principais recursos para a manutenção da saúde, especialmente quando se trata de viver em uma coletividade composta de adultos e crianças. Saúde também depende do prazer e da alegria que, em crianças, muitas vezes se manifesta pela liberdade para brincar e se sujar enquanto brinca.
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    Fazer da creche um ambiente saudável deve ser objetivo de toda a equipe gestora. Esta tarefa implica em alguns cuidados gerais como: estabelecer um controle de qualidade da água e dos alimentos, tratar da caixa de água e tanque de areia e avaliar constantemente seus próprios hábitos higiênicos. Se a creche não pode contar com profissionais de saúde, pode estabelecer contato com o posto de saúde mais próximo,
    buscando orientação e/ ou supervisão para estas tarefas.
    O berçário requer maior atenção quando se refere à saúde, principalmente se os educadores se propõem a oferecer maior liberdade de exploração e locomoção aos bebês. Sem dúvida isso exige maior atenção e esforço quanto à higienização do ambiente, dos utensílios e dos brinquedos. Para todas as faixas etárias atendidas na creche é necessário preservar um ambiente de convivência, cuidando de sua organização e limpeza.
    Segundo Barbosa e Horn (apud CRAIDY e KAERCHER 2001), as atividades diárias da creche devem ser planejadas, prevendo: horário de chegada e saída das crianças, alimentação, higiene corporal e bucal, repouso, brincadeiras, músicas, atividades psicomotoras, jogos diversificados (como o de faz de conta, os jogos imitativos etc.), exploração de materiais gráficos e plásticos (os livros de histórias, revistas e brinquedos diversos), dentre outros. As autoras ressaltam que essas atividades devem estar pautadas na criatividade, estimulação, imaginação, de forma a promover as diferentes linguagens expressivas da criança.
    Para que a estruturação espaço-temporal tenha significado, Barbosa e Horn (ibid, 2001) acreditam ser de fundamental importância que o/a professor/a conheça como as crianças brincam, como as brincadeiras se desenvolvem, o que mais gostam de fazer, em que espaços preferem ficar, o que lhes chama mais a atenção, em quais momentos do dia estão mais tranquilas ou mais agitadas. Tais informações ajudarão o/a professor/a a planejar os momentos adequados para o desenvolvimento das atividades, conforme a pré-disposição da criança.
    As atividades de banho, higiene e alimentação possibilitam estabelecer uma boa relação afetiva com a criança, pois estes momentos constituem-se em um ato educativo privilegiado.
    O olhar estabelece uma troca de sentimentos de confiança (ou desconfiança), manifesta carinho e compreensão, (ou indiferença e raiva), desperta entusiasmo e alegria (ou inibe e amedronta); o toque da mão do adulto pode transmitir segurança ou medo, entrega ou
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    retraimento (...) o ato de dar banho, trocar a fralda, vestir e pentear o cabelo são gestos de comunicação humana entre o adulto e a criança nos quais há uma troca profunda de sentimentos e, portanto, de organização mental, de estruturação interior, de formação da auto-imagem, (...) a fala do adulto inicia a criança na linguagem, pois vai dizendo o que ela faz, o que as outras estão fazendo, o que sentem, e, assim, vai mediando os atos por meio da linguagem.
    Não há um conteúdo educativo na creche desvinculado dos gestos de cuidar. Não há um ensino, seja um conhecimento ou um hábito, que utilize uma via diferente da atenção afetuosa, alegre, disponível e promotora da progressiva autonomia da criança. (DIDONET, 2003, p. 9)
    Posto isso, é imprescindível o conhecimento, por parte do/da professor/a, de como ocorre o desenvolvimento da criança, a fim de que o mesmo possa propor atividades adequadas e estimulantes. Nessa perspectiva, estão elencadas algumas orientações gerais, sem a pretensão de restringir a faixa etária ou as descrições feitas. É importante salientar que o ritmo de desenvolvimento varia de criança para criança, sendo as especificidades descritas abaixo tidas apenas como uma referência. 4 meses: o bebê grita forte e demonstra preferência por brinquedos. Também ri bastante, expressa desagrado e reconhece a voz dos familiares. Nessa fase, o bebê tem sua capacidade visual aumentada, ganha o controle sobre os músculos e nervos da face (envolvidos na visão, audição, paladar, sucção, deglutição e olfato), e fica em pé quando segurado pela cintura. Ele explora objetos com a boca e balança brinquedos sonoros. 5 meses: nessa fase, o bebê começa a desenvolver o comando dos músculos do pescoço, da cabeça e move seus braços intencionalmente. Imita caretas, segura objetos com firmeza e consegue se arrastar para pegá-los. Chupa os dedos dos pés e brinca com eles. Além disso, percebe o barulho dos brinquedos e fica atento para o que acontece ao seu redor. Balbucia, movimenta-se com mais agilidade e pode rolar, esforça-se para sentar, consegue discernir uma voz doce de uma áspera e demonstra com expressão facial algo que lhe desagrada. Chacoalha brinquedos, brinca de esconder e transfere objetos de uma mão para a outra. 6 meses: o bebê ganha controle do tronco e das mãos. Tudo o que pega ainda leva à boca. Olha quando é chamado e podem nascer os primeiros dentinhos. Ao final do sexto mês, fica
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    sentado. Balbucia monossílabos associados com figuras e gosta de brincar de esconder. Demonstra grande interesse pelas mãos. Já estica os braços para pedir colo e elege o brinquedo favorito. 7 meses: grita, ri alto e ensaia engatinhar. Adora mudar objetos de uma mão para outra e levanta os braços em saudação. Também tem reações de estranheza a pessoas e objetos não conhecidos e sente medo. Repete os próprios sons. 8 meses: o controle muscular se estende às pernas e aos pés do bebê, assim como aos dedos indicadores e polegares, para permitir pegar pequenos objetos. Ganha força no quadril e alguns conseguem engatinhar. Já senta sozinho, estranha pessoas. Adquire mais dois dentinhos, começa a entender o significado do não e consegue ficar de pé com apoio. Segura objetos com a ponta dos dedos, bate palmas e coloca vários brinquedos dentro de uma caixa. Manifesta sentimentos de raiva quando é contrariado. 9 Meses: consegue engatinhar bem e adquire mais força nos pés. Passa a manifestar de forma mais clara sua personalidade, gosta de ser o centro das atenções e faz gracinhas. Agarra-se a móveis e consegue se levantar. Podem nascer mais dentinhos e é capaz de usar copo, imita sons e acha brinquedos escondidos. Adora jogar objetos ao chão e observá-los cair, repete fonemas. 10 Meses: senta e levanta sozinho, dá tchau e pode falar “mamá”, “papá”. É curioso, engatinha bem e fica em pé com apoio, gira a parte superior do corpo para alcançar um objeto, melhora a habilidade manual e começa a definir qual mão vai ser a dominante. Já troca passinhos com apoio, reproduz sons e pequenas palavras. 11 Meses: caminha com apoio, passa da posição de pé para sentado, e desloca-se segurando em móveis, diz tchau. Vira páginas de um livro, segura copos e chama adultos e crianças para brincar. Ganha mais dentinhos. Move-se com agilidade, sobe e desce de móveis e escadas. Já abre gavetas e começa a ter noção do que é proibido e permitido. 1 Ano: têm interesse pelas cores e coopera para se vestir. Entrega um brinquedo quando pedem e sua linguagem fica mais apurada. Dá uns passinhos, porém prefere engatinhar para explorar o mundo, define gostos e aversões e lembra onde estão guardados seus brinquedos. 1 Ano e 5 meses: tira brinquedos dos outros, anda e quer subir escadas sozinho. Gosta de imitar os adultos, rabisca no papel com lápis de cor ou giz de cera e se diverte com água. Usa bastante a palavra não. Corre, brinca com bola, anda para trás e aumenta o vocabulário. Começa a comer sozinho. Gosta de ouvir várias vezes a mesma história ou a mesma música.
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    1 Ano e 8 meses: sobe com facilidade em cadeiras, abre e fecha gavetas. Adora rabiscar. Fica mais manhoso na hora de comer e aprende a usar objetos como o telefone. Tem por volta de 16 dentinhos e deve ser estimulado a treinar o controle de esfíncteres. Repete quase tudo o que ouve, aprende a montar quebra cabeças e consegue cantarolar as músicas de que gosta. 
    2 Anos: tem percepção de quem é. Sobe e desce escadas, tira os sapatos e peças de roupa. Em geral a dentição de leite se completa. Chuta bola sem perder o equilíbrio, tenta impor suas vontades, passa a sentir ciúme e normalmente consegue estabelecer o controle da bexiga. 3 Anos: pede para ir ao banheiro. Gosta da companhia de outras crianças para brincar. Canta, reconhece cores e começa a se vestir. Usa frases claras, tornando as palavras suas ferramentas para expressar seus pensamentos. Explica bem as coisas e continua aprendendo com facilidade e por imitação. Percebe os sentimentos dos adultos, tem em média 20 dentes de leite e sabe comer de garfo e colher. Gosta de contar e ouvir histórias.
    As crianças, nessa faixa etária, são ávidas para aprender, explorar, experimentar, colecionar, perguntar e desejam exibir suas habilidades. Por isso, a percepção visual, motora, auditiva, gustativa, olfativa e tátil integra o processo de aprendizagem da criança com o processo de socialização.
    Como sugestões para o desenvolvimento dessas habilidades nas crianças pequenas, propõem-se os seguintes procedimentos: 1 a 4 meses: converse, cante músicas de ninar, olhe diretamente nos seus olhos, sorria para ela, toque seu corpo. Levante-a para que possa enxergar ao seu redor e coloque objetos próximos a seu campo de visão; instale móbiles no berço para que ela acompanhe o movimento dos brinquedos. Brinque com gestos e palavras, ofereça um chocalho, leve-a para passear. Ofereça objetos grandes e coloridos, que permitam o manuseio. 5 meses: brinque e converse com ela, na hora do banho, e coloque músicas variadas para tocar. Deixe-a, no chão, em espaços amplos, sobre colchonetes que permitam sua mobilidade. 6 meses: coloque em sua mão alimentos diferentes para serem manuseados, como biscoitos, pedacinhos de frutas. Incentive-a a se arrastar para pegar os brinquedos. 7 meses: deixe-a livre para explorar seus brinquedos e ofereça-lhe objetos sonoros e coloridos.
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    8 meses: nesse período, percebe que a mãe é uma pessoa separada dela e isso a angustia, dê o máximo de carinho e atenção promovendo dessa forma sua segurança. Passeie com ela ao ar livre, mostrando tudo o que se passa ao redor. Introduza o “não pode, machuca”. Use frases curtas, com voz baixa e firme. 9 meses: converse e explique para ela tudo o que vai fazer, seja no banho, na refeição, seja na troca de roupa e a ajude a se manter em pé para fortalecer sua musculatura. Ofereça livros com cores fortes. 10 meses: empenhe-se em contar histórias, cantar e mostrar figuras de livros infantis e ofereça brinquedos de encaixe. 11 meses: brinque com ela de colocar e tirar objetos de uma caixa e deixe-a ouvir e cantar cantigas de roda. 1 Ano: imite sons de bichinhos com ela, estimule-a a andar, segurando-a pelas mãos. 1 Ano e 1 mês: nas atividades livres, deixe-a espalhar os brinquedos e desmontá-los. Ajude-a a organizar, incentivando-a a guardá-los quando não quiser mais brincar. Estimule a criança a terminar as tarefas que inicia. 1 Ano e 2 meses: dê revistas para rasgar, folhas para pintar, desenhar e rabiscar. Deixe-a comer sozinha, ainda que se suje, e aumente o arsenal de histórias infantis, exercícios com bolas e brinquedos de encaixe. 1 Ano e 6 meses: oportunize atividades para que ela se exercite, subindo escadas, empurrando objetos, cantando etc. Estimule-a a usar o vaso sanitário. 2 Anos: Responda as suas perguntas frequentes, conte histórias e ajude-a a representar personagens. 2 Anos e 6 meses: Ajude-a a descobrir o mundo por meio de brincadeiras, leituras e passeios. 3 Anos: Passe informações coerentes com a realidade e participe ativamente de suas brincadeiras e personagens criados por sua imaginação.
    PROFESSOR
    O profissional de Educação Infantil deverá ter um domínio dos conhecimentos científicos básicos, tanto quanto conhecimentos necessários para o trabalho com a criança pequena (conhecimentos de saúde, higiene, psicologia, antropologia e história, linguagem, brinquedo e das múltiplas formas de expressão humana, de desenvolvimento físico e das
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    questões de atendimento em situações de necessidades especiais). Precisa ainda ter sob controle seu próprio desenvolvimento, bem como estar em constante processo de construção de seus próprios saberes. Ter elaborado, maduramente, a questão de seus valores, cultura, classe social, história de vida, etnia, religião e sexo.
    Dessa forma, É preciso preparar os professores para esse diálogo, enriquecendo os currículos de formação profissional e encarando a formação por novas competências no complexo trabalho de constituição dos cidadãos pela educação escolar. Só poderemos falar em sociedade, em um mundo do trabalho justo em inclusão social quando os filhos de todos os cidadãos usufruírem de alimentação, saúde, educação, lazer e esportes, cultura e arte, convivência, afeto, dignidade. É para lutar por esse mundo que devemos envidar todos os esforços para introduzir na educação escolar melhores condições de acesso e tratamento das informações e conhecimentos universalmente disponíveis a todos.
    Nesse sentido, Oliveira (2003) postula que o professor que trabalha com a Educação Infantil precisa ter alguns diferenciais que irá lhe ajudar no seu trabalho com as crianças
    O professor de educação infantil deve ter formação ética e competência na especialidade de sua tarefa, levando-se em conta o atual momento sócio-histórico que ocorre em um mundo complexo, contraditório, violento individualista, consumista e em constante mudança. Ter o domínio de conceitos e habilidades necessárias para se ter uma atuação junto às crianças, atuação esta que seja promotora da aprendizagem e do desenvolvimento delas no sentido de lhes garantir o direito à infância. (OLIVEIRA, 2003, p. 7-8).
    O contexto acima citado, descrito por Oliveira (2003), nos permite verificar algumas características necessárias ao professor de Educação Infantil, observar que esse professor precisa ter conhecimentos necessários na área pedagógica, para entender e saber trabalhar com as crianças, bem como analisar as suas próprias atitudes e sentimentos para poder estabelecer uma relação segura com a mesma. Ele deve estar preparado para lecionar para cada faixa etária.
  • O professor precisa despertar a atenção das crianças para a participação nas atividades, criando um clima favorável entre ambos e desta forma poder ocorrer o ensino e aprendizagem. A criança precisa interagir com as outras crianças e essas atividades proporcionam às mesmas o trabalho em duplas ou grupos desenvolvendo o processo d esocialização. Segundo Barros (1996, p. 168) “a socialização significa o processo de integração dos indivíduos num grupo”. Não podemos deixar de mencionar neste trabalho a palavra amor, que é necessária quando estamos falando em educação e principalmente tratando-se de Educação Infantil.
    O docente que trabalha com a Educação Infantil, necessita ter um olhar diferenciado envolvendo muito carinho, compreensão, comprometimento no processo de formar pessoas, ter respeito pelas atitudes e ideias das crianças para que elas cresçam confiantes em uma educação que ainda é válida e fará a diferença em nossa sociedade.
    AFETIVIDADE/VÍNCULO
    As relações de afetividade na Educação Infantil, tanto de Professor-Aluno quanto as de Família-Criança, são vistas como princípio norteador da prática educativa. Sendo assim, a afetividade no dia a dia da sala de aula se reflete na preocupação com as crianças, reconhecendo-as como seres autônomos, mostrando exigências coerentes e uma atitude de confiança e respeito a sabedoria e a condição de aprendiz de cada um. Quantas sutilezas estão contidas no mistério da aprendizagem. A maior delas talvez seja a simples fé de que a criança vai aprender.
    É importante que o professor perceba-se como facilitador do processo de aprendizagem, pois, quando a relação que estabelece com o seu aluno é pautada no vínculo e no afeto, propicia a ele a oportunidade de: mostrar, guardar, criar, entregar o conhecimento e permite que o outro possa investigar, incorporar e apropriar-se do conhecimento.
    Enfim, as relações permeadas pelo vínculo afetivo contribuem para reparar possíveis fraturas no processo de aquisição do conhecimento de cada um, dá espaço para que haja um aprendizado que transforma interiormente propiciando a ele o saber fazer e ser atuante com possibilidades de posicionar-se frente a uma sociedade exigente e em constante movimento. Por isso, pode-se afirmar que o afeto faz diferença na construção do sujeito e deixa marcas em suas conquistas.
    ENSINO/APRENDIZAGEM
    A ação pedagógica visa à promoção dos processos de ensino e de aprendizagem. Assim, considera as interações entre os sujeitos; a realidade na qual sua unidade está inserida;
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    os conhecimentos prévios das crianças; as relações afetivas na interação professor-criança, criança-criança, criança-adultos; as mediações intencionais. Nessa concepção a criança é considerada na sua totalidade de aspectos e potencialidades, como um ser: biológico, cognitivo, social e afetivo-emocional.
     
  •  
  • CULTURA
    Define-se Cultura como o conjunto de ações, costumes e fazeres que constituem a forma de viver de uma determinada comunidade, como o falar, vestir, brinquedos, utensílios, artes, dentre outros. A valorização da cultura local e nacional nos currículos escolares deve articular diferentes práticas culturais, experiências, valores e saberes das crianças, suas famílias e a comunidade como um todo.
    Partindo-se do pressuposto de que a infância é uma fase da vida em que mente e corpo estão abertos a todo tipo de aprendizado, a criança é mais sensível às sensações e emoções. Nesse aprendizado a arte como atividade atravessada de um fazer pedagógico possibilita um trabalho significativo por meio de ações voltadas para a criança, nas quais as brincadeiras de roda e de dança, com contação de histórias tradicionais e confecção de instrumentos torna possível avivar nas mesmas, significados e possibilidades das coisas simples de uma forma lúdica e prazerosa.
    A pluralidade cultural, isto é, a diversidade de etnias, crenças, costumes, valores etc. que caracterizam a população brasileira marca, também, as instituições de educação infantil. O trabalho com a diversidade e o convívio com a diferença possibilitam a ampliação de horizontes tanto para o professor quanto para a criança. Isto porque permite a conscientização de que a realidade de cada um é apenas parte de um universo maior que oferece múltiplas escolhas. Assumir um trabalho de acolhimento às diferentes expressões e manifestações das crianças e suas famílias significa valorizar e respeitar a diversidade, não implicando a adesão incondicional aos valores do outro.
    (BRASIL. 1998, p. 77)
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    PARCERIAS
    Quando comunidades inteiras trabalham de forma conjunta em parceria para melhorar a educação, todos são beneficiados. As escolas se beneficiam com o aumento do ânimo entre os professores; os pais passam a ter mais consideração pelos mestres; as famílias dão mais apoio; a imagem da escola melhora junto à comunidade.
    Para que as parcerias sejam efetivamente verdadeiras, todos os cidadãos – incluindo organizações comunitárias, pais, grupos religiosos e empresas – devem fazer sua parte para melhorar a educação. Membros das famílias podem se envolver ativamente com a educação de suas crianças; comunidades religiosas podem trabalhar para melhor entender e atender as necessidades familiares e educacionais; organizações comunitárias podem patrocinar atividades importantes para a juventude e suas famílias; e as empresas podem adotar políticas de apoio às famílias no ambiente de trabalho e se envolverem com a educação escolar.
    Desse modo, trabalhando juntos, trocando informações, compartilhando decisões e colaborando para o aprendizado das crianças, todos podem contribuir para o processo educacional e ajudar a garantir uma educação de qualidade para todos.
    AVALIAÇÃO
    A avaliação é processual, ocorre cotidianamente, ao longo do período de aprendizado/desenvolvimento da criança.
    As instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou classificação, garantindo: A observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações das crianças no cotidiano; A utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc.); A continuidade dos processos de aprendizagens por meio da criação de estratégias adequadas aos diferentes momentos de transição vividos pela criança (transição casa/instituição de Educação Infantil, transições no interior da instituição, transição creche/pré-escola e transição pré-escola/Ensino Fundamental);
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    A documentação específica que permita às famílias conhecer o trabalho da instituição junto às crianças e os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança na Educação Infantil; A não retenção das crianças na Educação Infantil. (Resolução CNE/CEB nº 5/2009, art. 10)
    Na Educação Infantil a avaliação se dá principalmente pela observação sistemática, registro em caderno de campo, fichas, questionários, relatórios e reflexão, portfólios (exposição das produções das crianças), autoavaliação para as crianças maiores (importantíssima para tomada de consciência da criança do seu momento de aprendizado e desenvolvimento), entre outros.
    Na educação infantil é importante, ainda, que sejam avaliadas permanentemente as condições da oferta no contexto da proposta pedagógica, tais como infraestrutura, organização de espaços, tempos e materiais, aspectos relacionados com a gestão, entre outros.
    XIII - SOBRE A UNIDADE DE EDUCAÇÃO INFANTIL
    Segundo o Parecer do CNE/CEB nº 20/2009, as instituições de Educação Infantil devem assegurar a educação em sua integralidade, entendendo o cuidado como algo indissociável ao processo educativo.
    Conhecer as culturas plurais que constituem o espaço da creche e da pré-escola, a riqueza das contribuições familiares e da comunidade, suas crenças e manifestações, e fortalecer formas de atendimento articuladas aos saberes e às especificidades étnicas, linguísticas, culturais e religiosas de cada comunidade. Executar a proposta curricular com atenção cuidadosa e exigente às possíveis formas de violação da dignidade da criança, e atender ao direito da criança na sua integralidade por meio do cumprimento do dever do Estado com a garantia de uma experiência educativa com qualidade a todas as crianças na Educação Infantil.
    XIV - ESTRUTURA DE FUNCIONAMENTO E ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS
    LOCAL DE FUNCIONAMENTO
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    1- DENOMINAÇÃO
    Creche e Pré-Escola Mundo Feliz
    2- LOCALIZAÇÃO
    . Atualmente a Creche e Pré-Escola Mundo Feliz está localizada à Avenida São Pedro Nº 885 - Bairro: Centro – CEP: 59.820-000
    . A partir de 2013 funcionará nas novas instalações da Creche – Padrão Pró Infância situada à Rua Pedro Afonso Carlos Fernandes Nº 40 – Bairro: Centro – CEP: 59.820-000
    3- INEP
    24019461
    4- MANTENEDORA
    Caixa Escolar da Creche e Pré-escola Mundo Feliz – CNPJ: 10.908.563/0001-36
    MODALIDADE DE ATENDIMENTO
    É oferecido um atendimento exclusivamente diurno, de forma parcial à toda a clientela educacional onde o funcionamento está dividido em dois turnos: Matutino e vespertino, não comprometendo quaisquer dificuldades a nenhuma família, tendo em vista que em nosso Município as mesmas, na totalidade dos seus membros, não trabalham o dia todo fora de casa.
    XV - ORGANIZAÇÃO E FORMAS DE UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO REFERENTES AO ATENDIMENTO ÀS CRIANÇAS E AOS ADULTOS
    1- Instalações da creche atual
    Os espaços físicos não atendem a um bom funcionamento da Instituição. Tanto os setores administrativos quanto as salas de aula, não são bem estruturados, são muito pequenas, quentes e pouco iluminadas, impossibilitando assim a organização, principalmente das salas de aula, sem condições de estruturar os “Cantinhos” de Aprendizagem.
    As refeições são servidas nas salas de aula, sendo que anteriormente as crianças alimentavam-se numa área externa coberta da escola, mas pouco viável a este funcionamento por deixá-las muito exposto à quentura ocasionando doenças respiratórias.
    40
    Os ambientes são decorados no início do ano, conforme a criatividade de cada educadora, com apoio da equipe gestora e funcionários.
    Apesar de a Instituição ser construída numa grande área, onde tem um pátio enorme com muitas fruteiras e hortas, o espaço físico coberto é muito limitado contendo:
    04 salas de aula
    0l recepção
    0l diretoria/secretaria
    0l sala de TV/coordenação
    0l cozinha
    0l despensa
    0l sanitário para funcionários
    04 sanitários infantis
    0l área livre coberta denominada como “Espaço lúdico interativo de aprendizagens”, constituído dos seguintes cantinhos: ateliê da arte, faz de conta, jogos e brinquedos, cantinho da leitura e cantinho da beleza.
    0l pátio descoberto com piso (utilizado para os eventos escolares)
    2- Novas instalações: (funcionará a partir de 2013)
    Possui estrutura padronizada nacionalmente pelo Proinfância, as salas e demais ambientes são espaçosos, bem iluminados e todos são refrigerados. Construída numa grande área, possui espaço físico amplo contendo:
    BLOCO DE CRECHE I E II:
    04 salas de atividades
    04 salas de recepção
    04 salas de higiene pessoal
    04 salas de repouso
    02 salas de alimentação
    04 solário
    04 sanitários infantis
    41
    BLOCO CRECHE III E PRÉ-ESCOLA:
    04 salas de atividades
    02 salas de recepção
    02 salas de repouso
    02 solário
    BLOCO MULTIUSO:
    01 sala de leitura multiuso
    01 sala de informática
    02 sanitários infantis para crianças de 3 a 6 anos com 4 vasos cada
    02 sanitários para adultos e portadores de necessidades especiais
    0l sala do rack ( apoio à informática )
    0l sala Cia. De energia elétrica
    01 sala Cia. Telefônica
    01 pátio coberto ( será utilizado para recreação, recepções e festas )
    01 anfiteatro
    01 parquinho
    01 área descoberta
    BLOCO ADMINISTRATIVO:
    01 área externa coberta de entrada
    01 sala de recepção interna
    01 secretaria
    01 diretoria
    01 sala para professores e coordenação pedagógica
    01 almoxarifado
    02 sanitários para funcionários
    01 circulação interna
    BLOCO DE SERVIÇOS:
    42
    01 entrada para funcionários
    01 circulação
    01 cozinha
    01 despensa
    01 depósito para alimentos perecíveis
    01 refeitório
    01 lactário
    05 sanitários para funcionários
    01 lavanderia
    XVI - EQUIPAMENTOS E MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA O FUNCIONAMENTO DA CRECHE
    1- Creche atual:
    EQUIPAMENTOS E MATERIAS
     
  •  
  •  
  •  
  • QUANTIDADES
    04Armários de aço
    Módulo de aço para pastas suspensas
    01
    Estantes de madeira
    03
    Mesa para computador
    01
    Birôs
    02
    Mesas para o professor
    02
    Cadeiras plásticas com encosto
    31
    Mesinhas infantis coletivas de madeira
    48
    Cadeirinhas infantis de madeira
    148
    Mesas grandes de madeira infantis para refeitório
    03
    bancos infantis de madeira para refeitório
    09
    Ventiladores de parede
    07
    Ventilador de teto
    01
    Ventilador de pé
    01
    Aparelhos de TV
    02
    Aparelho de DVD
    01
    43
    aparelho microsistem
    0l
    caixa de som amplificada
    01
    computador
    01
    impressora hp
    01
    Copiadora brother
    01
    Mimeógrafo a álcool
    01
    Câmera fotográfica digital
    01
    Bebedouro com 4 torneiras
    01
    gelágua
    01
    Geladeira
    01
    Freezer horizontal com 2 portas
    01
    balança portátil digital
    01
    Estadiômetro infantil
    01
    Tensiômetro infantil
    01
    Estetoscópio
    01
    Fita métrica medidor estatura
    01
    Kit bocão
    01
    Escada em alumínio com 14 degraus
    01
    materiais de apoio pedagógico
    -
    utensílios para a preparação e servir a merenda
    -
    2- Novas instalações da Creche:
    EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
    QUANTIDADES
    cadeiras com rodinhas, braço e altura regulável
    04
    cadeiras com rodinhas e sem braço com altura regulável
    24
    cadeiras fixas, estofada com braço
    10
    cadeiras plásticas sem braço – plagon
    06
    cadeiras em ferro para crianças de 2 a 4 anos
    40
    cadeiras para crianças de 4 a 6 anos
    12
    cadeiras para crianças de 5 a 6 anos
    48
    mesas para 4 crianças de 2 a 4 anos
    10
    44
    mesas coletivas quadradas para crianças de 4 a 6 anos
    03
    mesas para crianças de 5 a 6 anos
    48
    berços de madeira sem gavetas
    16
    cadeiras altas de alimentação para bebê
    06
    poltronas acolchoadas de balanço para alimentar
    04
    roupeiros de aço com 3 corpos e 12 portas
    04
    roupeiros de aço com 4 corpos e 16 portas
    04
    armário suspenso de aço – primeiros socorros
    01
    colchonetes 1,85x0,65x0,05
    44
    colchonetes 100x60 – espessura 03 cm
    06
    colchões de berço 1,30x60 – espessura 10 cm
    16
    banheiras plásticas para bebê
    06
    placas de tatame de eva de encaixe
    28
    armários alto em aço 2 portas e 4 prateleiras
    03
    arquivo de aço 4 gavetas para pastas suspensas
    01
    mesa de reunião retangular para 8 lugares
    01
    estação de trabalho em “L”
    04
    mesa redonda, adulto 1,00 cm
    01
    sofá 2 lugares em courino
    01
    quadros de aviso em cortiça 1,00x1,50 cm
    02
    quadros murais de feltro 0,90x1,20 cm
    09
    quadros brancos 090x1,20 cm
    09
    ventiladores de parede 50 cm
    10
    ar condicionado split 30.000 BTUS
    01
    ar condicionado split 18.000 BTUS
    03
    ar condicionado split 12.000 BTUS
    01
    TV LCD 32 polegadas
    02
    aparelhos de DVD player
    02
    aparelhos microsystem
    10
    fogão industrial 6 bocas e forno
    01
    fogão 4 bocas de uso doméstico
    01
    exaustor axial de 30 cm
    02
    45
    fornos microondas
    02
    balança de prato digital capacidade 15 kg
    01
    liquidificador industrial – capacidade 8 litros
    01
    liquidificadores de uso doméstico 2 velocidades
    03
    batedeiras uso doméstico
    02
    multiprocessador 1 velocidade
    01
    espremedor de frutas semi-industrial
    01
    centrífuga de frutas
    01
    cafeteira elétrica
    01
    purificador de água refrigerado
    01
    bebedouros elétrico de pressão
    03
    bebedouros elétricos pressão conjugado
    05
    ferro elétrico a seco
    01
    máquina secadora de roupa
    01
    carros coletores de lixo 120 litros
    02
    conjuntos de lixeiras, coleta seletiva
    03
    lixeiras com pedal e tampa
    05
    cilindros de gás 13 kg
    04
    mesas retangulares de refeitório para 4 crianças de 3 a 5 anos
    06
    bancos retangulares de refeitório para 4 crianças de 3 a 5 anos
    12
    Utensílios para a preparação e servir a merenda
    -
    Materiais de apoio pedagógico
    -
    XVII - FAIXA ETÁRIA ATENDIDA
    Atualmente, devido sua estrutura física, a escola recebe crianças com idade a partir de l ano e 3 meses a 5 anos . Mas a partir de 2013, funcionando nas novas instalações, a escola estenderá o funcionamento para as crianças a partir de 4 meses a 5 anos de idade, cuja data de referência é 31 de Março. Sendo obrigatória a matrícula a partir de 4 anos de idade completados em 31 de março do ano que ocorrer a matrícula. Segundo a Resolução CNE/CBE Nº 5/2009 art. 5º, § 2º, é obrigatória a matrícula na educação infantil de crianças que completam 4 ou 5 anos até 31 de Março do ano em que ocorrer a matrícula.
    46
    XVIII - CRITÉRIOS DE MATRÍCULA
    Sendo a educação infantil um direito de todas as crianças, sem requisito de seleção, a escola atende a toda a demanda, desde que esteja com idade a partir de 1 ano e 3 meses a 5 anos de idade completos até 31 de março do ano que ocorrer a matrícula, mesmo que as salas fiquem numerosas. Para isso, havendo necessidade, coloca-se mais um professor auxiliar na turma. Após a data de referência para a matrícula, a escola só recebe as crianças que completarem a idade mínima se a sala não estiver superlotada.
    Para as crianças com idade obrigatória que chegam durante o decorrer do ano, mesmo a turma estando no seu limite, a escola faz a sua matrícula, tendo em vista que essa Instituição é a única que oferece educação infantil no município. Deverá ser assegurada a vaga, em caráter compulsório, para criança com deficiência -Lei 7.853, de 24/10/89. É importante que os critérios sejam transparentes, amplamente discutidos e divulgados na comunidade, inclusivos e regulamentados pelo Conselho Estadual ou Municipal de Educação. Entretanto, é necessário esclarecer que qualquer família que questione os critérios de matrícula tem direito à vaga. Por outro lado, considerando a forte demanda por atendimento, os municípios que organizaram critérios envolvendo discussão com os diferentes setores como a Secretaria de Assistência Social, Secretaria de Saúde, Conselho Tutelar, Conselho de Educação, Fórum de Educação Infantil, Ministério Público entre outros têm conseguido apoio da população com relativo sucesso. É importante ressaltar também, que, apesar de existirem critérios para a seleção das crianças a serem matriculados nas creches e pré-escolas, esses critérios não podem restringir impedir ou dificultar o direto da criança à educação e na verdade devem ser entendidos com os critérios de prioridade e não de exclusividade.
    XIX - PERÍODO LETIVO
    A escola oferece às crianças uma carga horária de acordo com a Lei 9.394/96, onde estabelece que seja no mínimo 800 horas anuais, distribuídas por no mínimo de 200 dias letivos e 20 horas semanais, com férias e recesso escolar que ocorrem respeitando, sem prejuízo aos 200 dias letivos, prevendo férias em Janeiro e intervalo em Junho/Julho.
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    XX - CALENDÁRIO ESCOLAR
    O calendário escolar é elaborado anualmente junto à Secretaria Municipal de Educação em consonância com a SEEC. Ele firma o início e término do ano letivo, período de matrículas, datas de reuniões de professores para planejamentos e estudos, reuniões de pais e eventos escolares. Nele está incluído o período de férias de 30 dias consecutivos no mês de Janeiro e 15 dias para o recesso entre os meses de Junho e Julho, tendo como referência para iniciar o recesso, o período da tradicional festa junina, “o São Pedro”.
    XXI - ORGANIZAÇÃO DOS TURNOS
    Matutino:
    Entrada: 07:00 horas ( 15 minutos de tolerância )
    Saída: 11:00 horas Vespertino: Entrada: 13,00 horas ( 15 minutos de tolerância )
    Saída: 17:00 horas
    XXII - ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS:
    Serão organizadas por faixa etária, levando em conta a quantidade equilibrada de meninos e meninas, as características de desenvolvimento das crianças, número de crianças e horários de trabalho da família, obedecendo as etapas e níveis que se denominam da seguinte forma:
    CRECHE I:
     Berçário I – de 4 a 11 meses de idade; (proporção de 6 a 8 crianças por professor )
     Berçário II – de 1 ano a 1 ano e 11 meses de idade; ( proporção de13 crianças por professor ) CRECHE II:
     Maternal I – de 2 anos a 2 anos e 11 meses de idade; ( proporção de13 crianças por professor )
    48
    CRECHE III:
     Maternal II – de 3 anos a 3 anos e 11 meses de idade; ( proporção de 13 crianças por professor ) PRÉ-ESCOLA:
     Pré I – de 4 anos a 4 anos e 11 meses de idade ( proporção de 13 crianças por professor )
     Pré II – de 5 anos a 5 anos e 11 meses de idade ( proporção de 13 crianças por professor )
    A enturmação deverá ser dinâmica e assegurada no planejamento, tanto institucional, quanto do grupo de professores. Considerar-se-á a criança e seu tempo de formação; deverá ser coerente com os espaços físicos e recursos institucionais e com os aspectos da prática pedagógica. Deverá ser flexível às faixas etárias, às atividades possibilitando interações diversas.
    O número de crianças por professor deve possibilitar atenção, responsabilidade e interação com as crianças e suas famílias. Levando em consideração o Plano de Carreira, Cargos e Remuneração do Magistério Público Municipal, onde em seu Art. 30, inciso I diz que na Educação Infantil (Creche no máximo 25 alunos e Pré-escola até 25 alunos). A Escola divergirá o número de crianças para o Berçário I, por entender ser inviável um bom atendimento com esse total de crianças.
    Cada turma contará com dois professores, sendo regente e auxiliar. Havendo necessidade de ultrapassar o número de crianças, a escola deverá colocar mais um professor auxiliar.
    XVIII – RECURSOS HUMANOS
    1 - QUADRO DEMONSTRATIVO DE PROFESSORES E AUXILIARES – 2012
    Qtd.
    PROFESORES/AUXILIARES
    CARGO
    VINCULO
    NÍVEL E CLASSE
    GRAU DE INSTRUÇÃO
    PÓS-GRADUAÇÃO
    01
    Francisca Lucia de P. Soares
    Professora
    Efetivo
    PNS II – H
    Pedagogia
    Psicologia Escolar e Educacional
    02
    Maria Irismar C. Rêgo
    Professora
    Efetivo
    PNS II – H
    Pedagogia
    Psicologia Escolar e Educacional
    03
    Revelucia de Paiva Freitas
    Professora
    Efetivo
    PNS II – B
    Pedagogia
    Psicologia Escolar e Educacional
    49
    2 - QUADRO DEMONSTRATIVO DO PESSOAL ADMINISTRATIVO E TÉCNICO-PEDAGÓGICO
    Qtd.
    SERVIDORES
    CARGO/FUNÇÃO
    VÍNCULO
    NÍVEL
    CLASSE
    GRAU DE INSTRUÇÃO
    PÓS-GRADUAÇÃO
    01
    Maria de Fátima Araújo de M. Pereira
    Diretora
    Indicada
    _
    Pedagogia
    -
    02
    Maria de Fátima Varélia
    Coord. Pedagógica
    Efetivo
    PNS II – B
    Pedagogia Psicologia Escolar e Educacional
    03
    Antonia Ilza Freitas
    Coord. Pedagógica
    Efetivo
    PNE III – D
    Letras com Habilitação em Língua Portuguesa Literatura e Ensino Linguística Aplicada ao Ensino de Português
    04
    Antonia Soares Pereira
    Secretária
    Cedida
    _
    Universitária Pedagogia
    -
    05
    Maria Perpétua da Costa Alencar
    Aux. Secretaria
    Efetivo
    _
    Ens. Médio Completo
    -
    06
    Valdenny Paiva Silva
    Digitador
    Bolsista
    _
    Universitário Gestão Ambiental
    -
    07
    Aglaci Machado Gomes
    Merendeira
    Efetivo
    _
    Ens. Médio
    -
    08
    Dalila de Paiva Soares
    Merendeira
    Bolsista
    _
    Cursando o Ens. Médio
    -
    09
    Maria das Graças Paiva
    Aux. Merendeira
    Efetivo
    _
    Cursando o Ens. Médio
    -
    10
    Maria Rita Bezerra de Souza
    Aux. Merendeira
    Efetivo
    _
    Ens. Fund. Incompleto
    -
    11
    Antonia Vaneide Costa
    A.S.G.
    Bolsista
    _
    Ens. Médio Incompleto
    -
    12
    Joana D’arc Gomes de Menezes
    A.S.G.
    Efetivo
    _
    Ens. Fund. Incompleto
    -
    13
    Luzia Rocha de Oliveira
    A.S.G.
    Efetivo
    _
    Ens. Fund. Incompleto
    -
    14
    Mar Cleide de Paiva Nobre
    A.S.G.
    Efetivo
    _
    Ens. Médio
    -
    15
    Maria das Graças de S. Azevedo
    A.S.G.
    Efetivo
    _
    Ens. Fund. Incompleto
    -
    16
    Maria Iris Soares
    A.S.G.
    Efetivo
    _
    Ens. Fund. Incompleto
    -
    17
    Rita de Cassia Ribeiro
    A.S.G.
    Efetivo
    _
    Ens. Médio
    -
    18
    Francisco Mailson da Silva Ribeiro
    Porteiro
    Bolsista
    _
    Universitário História
    -
    19
    Marcos André da Silva Pereira
    Porteiro
    Bolsista
    _
    Cursando o Ens. Médio
    -
    20
    Adelson Chagas de Oliveira
    Jardineiro
    Efetivo
    _
    Semi Analfabeto
    -
    04
    Rita Costa do N. Paiva
    Professora
    Efetivo
    PNS II – H
    Pedagogia
    Psicologia Escolar e Educacional
    05
    Zenilda Andrade
    Professora
    Efetivo
    PNS II – C
    Pedagogia
    Psicologia Escolar e Educacional
    06
    Maria Luciene G. de Paiva
    Professora
    Contrato
    -
    Pedagogia
    -
    07
    Elizabete Kelizangela O. Barbosa
    Professora
    Bolsista
    -
    Pedagogia
    -
    08
    Lidriana da Costa Chagas
    Professora
    Bolsista
    -
    Pedagogia
    -
    09
    Francisca Itamara Soares
    Auxiliar
    Bolsista
    -
    Universitária História
    -
    10
    Francisco Leonardo C. de Lima
    Auxiliar
    Bolsista
    -
    Universitário História
    -
    11
    Josenilton Hélio de Oliveira
    Auxiliar
    Bolsista
    -
    Universitário Geografia
    -
    12
    Leania Cavalcante Delmiro
    Auxiliar
    Bolsista
    -
    Ensino Médio
    -
    13
    Luciana Maria de Araújo
    Auxiliar
    Bolsista
    -
    Ensino Médio
    -
    14
    Maria Aparecida da Conceição
    Auxiliar
    Bolsista
    -
    Ensino Médio
    -
    15
    Maria Josineuda da Silva
    Auxiliar
    Bolsista
    -
    Magistério
    -
    16
    Marlene Evaristo de Paiva
    Auxiliar
    Bolsista
    -
    Universitária História
    -
    17
    Melina Lyanne de Melo Sá
    Auxiliar
    Bolsista
    -
    Universitária História
    -
    18
    Rafaela Ribeiro Borges
    Auxiliar
    Bolsista
    -
    Ensino Médio
    -
    50
    3 - QUADRO DEMONSTRATIVO DO CORPO DISCENTE POR ETAPA, NÍVEL E TURNO – 2012
    ETAPA
    NÍVEL
    TURNOS
    TOTAL
    MATUTINO
    VESPERTINO
    Creche
    Maternal I
    Maternal II
    30
    21
    28
    21
    58
    42
    SUB-TOTAL
    51
    49
    100
    Pré-Escola
    Pré – I
    Pré – II
    31
    21
    29
    22
    60
    43
    SUB-TOTAL
    52
    51
    103
    TOTAL GERAL
    103
    100
    203
    XXIIV - RECURSOS FINANCEIROS
    A Creche e Pré-Escola Mundo Feliz é mantida financeiramente com recursos da Prefeitura Municipal, através da SMEC e pela Unidade Executora do FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, por meio do PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola, destinados anualmente à compra de materiais permanentes e de consumo.
    A instituição também conta com os repasses do PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar, com complementação do Poder Público Municipal acima do percentual previsto, garantindo uma alimentação de excelente qualidade nutricional, incluindo produtos provenientes das hortas escolares.
    Contamos também com a parceria escola – comunidade que contribui através da festa junina, com barracas de comidas típicas e jogos de pescaria, onde pratos e brindes são doados pelos familiares, professores e funcionários da escola, tendo como finalidade a aquisição de materiais permanentes, facilitando o trabalho pedagógico e administrativo.
    Dispomos ainda da colaboração dos professores e funcionários, que em datas comemorativas, muitas vezes colaboram com a doação de balas, pipocas e lembrancinhas que auxiliam na organização do evento.
    51
    XXV - A ROTINA NA SALA DE AULA:
    É a estrutura do cotidiano na Educação infantil, uma vez que proporciona à criança sentimentos de estabilidade e segurança oferecendo maior facilidade de organização espaço-temporal, evitando assim que a criança seja sujeito integrante do estresse que uma rotina desestruturada pode causar. Devendo ela ser rica, alegre e prazerosa, proporcionando na criança oportunidades de desenvolver suas experiências.
    Na educação infantil, a rotina possui relevância por apresentar uma regularidade na organização do tempo tão necessária às diferentes idades. Isso porque as atividades que se repetem regularmente passam a atuar como reguladores do tempo para as crianças, permitindo que elas se organizem no espaço e no tempo. Ao criar algumas referências na instituição a criança é capaz de antecipar atividades que ocorrerão, tendo a possibilidade de organizar seu tempo, sentindo-se mais confiante.
    A organização da rotina, não se faz necessária que seja rígida e inflexível do tempo e não significa que as atividades sejam feitas do mesmo modo todos os dias. Daí a importância do planejamento, devendo o professor estar atento à dinâmica do seu grupo de crianças e as suas características coletivas e individuais.
    A escola desenvolve atividades exteriores da sala de aula como cuidar de hortas, passeios a vários setores do município, como praças, lojas, instituições dentre outras.
    Na instituição propõe-se hora atividade (Planejamento) para cada turma, onde neste momento professores regentes são substituídos por professores auxiliares.
    1 -
  •  QUADRO DE ROTINAS PEDAGÓGICAS
    MODALIDADE - CRECHE
    MODALIDADE - PRÉ-ESCOLA
    BERÇÁRIO I E II
    MATERNAL IE II
     Recepção das crianças.
     Troca de fralda dos bebês se necessário.
     Mamadeiras ou café da manhã.
     Atividades ao ar livre
     Acolhida
     Chamadinha
     Calendário
     Roda de conversa
     Correção do dever de casa
     Acolhida
     Chamadinha
     Calendário
     Escolha do ajudante do dia
     Roda de conversa
     Correção do dever de casa
     
  •  
  • 52
    com banho de sol.
     Brincar com objetos ou brinquedos.
     Sono.
     Banho.
     Estimulação individual ou grupal
     Lanche.
     Leitura de histórias
     Conversa com os pais e entrega das crianças.
     Desjejum (manhã)
     Relaxamento
     Atividades metodológicas
     Higiene das mãos
     Merenda no refeitório (recreio orientado)
     Escovação
     Hora da Leitura
     Hora do Brincar
     Atividades diversificadas
     Entrega do dever de casa
     Saída
     Desjejum (manhã)
     Relaxamento
     Atividades metodológicas I
     Higiene das mãos
     Merenda no refeitório ( recreio orientado)
     Hora da Leitura
     Atividades metodológicas II
     Hora do Brincar
     Atividades diversificadas
     Entrega do dever de casa
     Saída
    XXVI - PARTICIPAÇÃO DAS FAMÍLIAS NAS ROTINAS DA ESCOLA
    A participação da família nas rotinas da escola caracteriza-se pela relação escola-família sendo regida por normas e leis. No Brasil, em termos legais, os direitos infanto-juvenis estão amparados pela Constituição e desdobrados no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069, de 1990, e na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), promulgada em 1996. Segundo a LDB, os profissionais da educação devem ser os responsáveis pelos processos de aprendizagem, mas não estão sozinhos nesta tarefa. A lei prevê em se Art.12, uma ação integrada das escolas com as famílias, enfatizado no parágrafo “VI- articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola”. Reforçado ainda no Art. 13. Declarando que os docentes incumbir-se-ão “VI – colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade”.
    Evidentemente, por lei há a necessidade de a escola estar em perfeita sintonia com a família. Para isso, torna-se imprescindível gerir formas de ampliar a participação da família, construindo espaços de corresponsabilidade, não somente na rotina escolar dos alunos, mas também em ações destinadas a valorização das manifestações culturais, em que os pais e comunidade possam estar engajados nos eventos culturais da escola tornando-se sujeitos e parceiros do processo de escolarização.
    53
    Partindo do princípio que a comunicação entre família e escola, norteia as relações interpessoais, a prática de comunicação com os pais, entre outras formas, acontece por meio dos seguintes canais: telefone, linguagem escrita, (bilhete), atividades culturais, orientações gerais, entrega aos pais da ficha de desempenho de aprendizagens dos alunos, utilização do serviço de som para realização de avisos e comunicados, internet através do blog da escola, onde se divulgam os eventos da escola; aulas-passeios, projetos da escola e práticas exitosas dos professores e produções artísticas das crianças.
    Pontuam-se aqui estratégias integrando essas duas instituições Escola e família, onde muitas destas, já foram postas em práticas e outras ainda serão implementadas. A abertura de espaços para os pais acompanharem seus filhos no período de adaptação de modo que diminua a insegurança e a ansiedade dos familiares, nesse momento de separação da criança do contexto familiar; Socialização da proposta pedagógica da escola com os pais e outros segmentos escolares; Contato com os pais feito pelo diretor e professores na entrada e saída dos alunos na porta da escola; Participação dos familiares e comunidade nos projetos e eventos da escola; Realização de reuniões envolvendo pais, professores e gestores educacionais focadas na aprendizagem dos alunos; Participação nos Conselhos escolares: Participação na elaboração da proposta pedagógica da escola; Participação da rede de proteção social para ajudar no encaminhamento de problemas familiares dos alunos; Realização de reuniões bimestrais coletivas e individuais, além de palestras e oficinas sobre questões pedagógicas, alimentares e de cuidados; Realização do dia do afeto. Nesse dia a família seria convidada a vir à escola. E durante esse período os pais participariam juntamente com os alunos, de dinâmicas, gincanas interativas entre pais e professores, danças, jogos e bingos; Exposição das produções desenvolvidas pelos alunos e a comunidade durante o ano, de modo que todas as turmas tenham a possibilidade de mostrar o que aprenderam e favorecendo o estímulo à família; Formação de um grupo de visitas para visitar as famílias em casa, para conhecer a realidade dos alunos;Realização da semana da família na escola.
    Como um importante ponto de apoio, viabilizar-se-á dessa forma, a participação da família na vida escolar da criança, uma vez que, há uma grande necessidade de que se faça uma interação para que haja responsabilidades de ambas as partes, pois tanto a escola quanto a família devem ter a consciência de que a criança é um sujeito de direito que está em processo de desenvolvimento. Sendo a ação da família complementar à da escola, proporcionando benefícios, no entanto quando omissa traz implicações nos dois contextos escola e família.
    XXVII - ESTRATÉGIA DE ATENDIMENTO PARA O PERIODO DE ADAPTAÇÃO
    No início do ano letivo as crianças sentem dificuldades de se separarem de seus familiares, deixar o ambiente de seus lares e entram em desespero com choros, birras, tornando assim muitas dificuldades para entrar em harmonia com o ambiente escolar. Para isso a escola procura desenvolver um bom acolhimento aos pais para deixá-los mais seguros e tranquilos e ainda organiza um período de 2 semanas para que as crianças se adaptem e passem a ter um bom relacionamento com o professor e demais segmentos da escola.
    XXVIII - FORMAÇÃO E CARGA HORÁRIA DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS
    A formação dos docentes deve ser em nível superior, em cursos de Licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil, a formação em nível médio, na modalidade normal. Portanto, a formação mínima para o professor(a) da educação infantil é o ensino médio, modalidade Normal.
    A LDB regulamentou a educação infantil como a primeira etapa da educação básica, determinando a integração das creches e pré-escolas aos respectivos sistemas de ensino, atribuindo a essas instituições caráter educativos.
    55
    No processo de integração e regulamentação das creches e pré-escolas no âmbito do sistema educacional brasileiro constatam-se avanços, mudanças, fragilidades e tensões dentre as quais se destaca a ambiguidade referente ao profissional da educação infantil.
    Essa ambiguidade se expressa em diferentes formas. A primeira diz respeito à existência de profissionais que já atuavam em creches e pré-escolas, antes da data de publicação da LDB, possuíam formação de professor, desempenham função docente, mas prestaram concurso para outros cargos do quadro geral da Prefeitura. A segunda refere-se a profissionais que já trabalhavam em creches e pré-escolas, antes da LDB, não possuíam formação de professor (o que não era exigido), prestaram concurso para outro cargo, mas desempenham função docente e atualmente possuem formação de magistério. A terceira e mais frequente, engloba um conjunto de profissionais que fizeram concurso, pós LDB, para cargos diversos do quadro de servidores como auxiliar, monitor, recreador, brincante, cujo edital não exigia a formação de professor, mas na realidade desempenham função docente.
    Segundo a Resolução CNE/CEB Nº 5/2009, programas de formação continuada dos(as) professores(as) e demais funcionários(as) integram a lista de requisitos básicos para uma educação infantil de qualidade.
    Tais programas são direito dos (as) professores (as) previsto no art. 67, inciso II, da LDB 9394/96. Eles devem promover a construção da identidade profissional, bem como o aprimoramento da prática pedagógica, possibilitando a reflexão sobre os aspectos pedagógicos, éticos e políticos da prática docente cotidiana.
    A formação exigida para a equipe técnica (administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional) dos estabelecimentos de educação infantil é graduação em Pedagogia ou em nível de pós-graduação, conforme legislação vigente (LDB, art. 64).
    O quadro de recursos humanos deve ser coerente com a estrutura e funcionamento de cada instituição e considerar as necessidades para a implementação do trabalho pedagógico. Portanto, ele deve estar definido na proposta pedagógica. Basicamente, é composto por Coordenação Administrativa, Coordenação Pedagógica, corpo docente e funcionários.
    Os profissionais que desenvolvem atividades educativas sistemáticas com as crianças são professores/docentes e integram a carreira de magistério. Os profissionais que desenvolvem atividades de apoio são funcionários.
    56
    XXIX - TRABALHO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO COM OS PROFESSORES
    O trabalho do coordenador pedagógico se define como uma prática social caracterizada pela mediação técnico-pedagógica, compromissado com o projeto educativo da escola, na perspectiva da efetivação de ação educativa colaborativa, junto ao grupo de educadores e comunidade escolar, promovendo uma troca de saberes e experiências, no sentido da construção de uma competência docente coletiva, que resulte no sucesso dos sujeitos envolvidos no processo de ensino aprendizagem.
    A orientação pedagógica na Creche e Pré-Escola Mundo Feliz é realizada por professores que atuam na função de coordenadores que se dispõem a planejar junto aos professores semanalmente e bimestralmente e ainda, realizam atendimento individual quando se faz necessário. Para as atividades semanais, se dispõe de quatro horas aula para cada modalidade de ensino, de acordo com o horário estabelecido pela instituição e as reuniões pedagógicas estão inclusas nesta carga horária.
    Dessa forma, o cotidiano do trabalho pedagógico desta instituição vincula-se às quatro dimensões apontadas por Piletti (1998, p.125) que são: acompanhar o professor em suas atividades de planejamento, docência e avaliação; fornecer subsídios que permitam aos professores atualizarem-se e aperfeiçoarem-se constantemente em relação ao exercício profissional; promover reuniões, discussões e debates com a população escolar e a comunidade no sentido de melhorar sempre mais o processo educativo; estimular os professores a desenvolverem com entusiasmo suas atividades, procurando auxiliá-los na prevenção e na solução dos problemas que aparecem.
    Partindo do explicitado podemos afirmar que o trabalho dos coordenadores pedagógicos é de fundamental importância na articulação das ações educativas, vinculando-se às dimensões articuladora, formadora e transformadora desse contexto educacional.
    XXX - FORMA DE ATENDIMENTO AS DIVERSIDADES E AS CRIANÇAS ESPECIAIS;
    A Educação Infantil inclusiva é aquela que acolhe e valoriza toda diversidade presente nos espaços de Educação Infantil. Desse modo, as práticas pedagógicas desenvolvidas na
    57
    Creche e Pré-Escola Mundo feliz deve contemplar elementos da cultura dos povos afro-descentes e demais culturas que compõem a diversidade apresentada, contemplando “a pluralidade cultural, isto é, a diversidade de etnias, crenças, costumes, valores etc. que caracterizam a população brasileira” (BRASIL, 1998, p. 77, Vol. 1) e que marcam, também, as instituições de Educação Infantil.
    Também deverão os professores que atuam junto a Creche e Pré-Escola Mundo Feliz, conceber que todas as crianças são portadoras dos mesmos direitos, sejam elas deficientes ou não. Nessa perspectiva, as pessoas com necessidade educativas especiais que frequentam a Educação Infantil na instituição – têm direito à educação em sua plenitude, sendo indispensáveis que as instituições de ensino regular se adaptem as mais diversas situações de acordo com as necessidades das crianças nelas inseridas. Na perspectiva de uma educação inclusiva, não se espera mais que a criança/pessoa deficiente se integre por si mesma, mas que os ambientes, inclusive o educacional, se transformem para possibilitar essa inserção, ou seja, estejam devidamente preparados para receber a todas as pessoas, indistintamente. Além disso, acreditamos que um estabelecimento de Educação Infantil, que se destina a crianças de 0 a 5 anos de idade, deve dispor de profissionais devidamente orientados para atender crianças com deficiências e/ou problemas de desenvolvimento de todos os níveis e tipos.
    XXXI - GESTÃO DAS UNIDADES DE EDUCAÇÃO INFANTIL
    Um novo olhar urge frente à gestão da escola de educação infantil, considerando competências e habilidades, tanto técnicas quanto humanas dos gestores, necessárias e imprescindíveis à condução da escola infantil. O processo de construção e efetivação da proposta pedagógica de uma escola infantil, dentre muitos elementos, necessita da ação dos gestores num modelo que sustente sua atuação e a efetivação na prática da proposta pedagógica da instituição. Para tanto, pensar em gestão escolar é pensar numa dinâmica que se oriente por princípios democráticos, que se caracterize pela participação coletiva nas decisões e que permita a articulação de todos e de tudo que envolve a efetivação da proposta.
    A concretização de uma proposta, tanto na sua construção como na sua efetivação dependendo não exclusivamente, mas fortemente, das relações as quais, será submetido no momento de sua elaboração, que será marcante para sua prática. Isto vem ao encontro da ideia de uma gestão que se baliza por uma liderança compartilhada, onde o gestor compreende este
    58
    momento como um trabalho em equipe. Assim sendo, as relações interpessoais e de grupo, que se tecem na equipe é que mostrarão o perfil de gestão praticado pela escola.
    Nesse sentido, as relações que se estabelecem entre gestor, equipe e comunidade resultam de uma proposta de educação consolidada em bases teóricas que consideram os sujeitos e o meio social no qual vivem. Para a gestão uma variável que influencia na participação da construção da proposta pedagógica da escola infantil depende da equipe e da ação que se implementa, para se consolidar em um trabalho eficaz. Sabe-se que a educação infantil sucumbirá se não estiver adequadamente distribuída em seus espaços, em sua organização tanto pessoal como hierárquica e em seu planejamento, referindo-se aos planos, projetos e rotinas. Esta estrutura além de básica para a sua sustentação, é mais passível de ser modificada pela a ação do gestor, pois depende essencialmente de sua competência técnica.
    Numa escola de educação infantil, uma gestão interdisciplinar possibilita a contemplação da diversidade e complexidade que uma proposta pedagógica exige para uma escola de qualidade. O grande desafio da escola de educação infantil é desvelar um paradigma de gestão que haja de maneira sistêmica e que tenha sua proposta como eixo norteador, construída através da participação e da coletividade de seus membros fruto de um compromisso com a comunidade. A escola precisa trabalhar para se tornar ela própria uma comunidade social, tendo em vista que a natureza do trabalho educacional e os novos paradigmas organizacionais exigem habilidades do seu gestor mediante uma prática de gestão compartilhada, a qual depende da democracia para ser bem sucedida. Segundo Veiga (2002.p. 18) a gestão democrática exige a compreensão em profundidade dos problemas postos pela prática pedagógica. Ela visa romper com a separação entre concepção e execução, entre o pensar e o fazer, entre a teoria e a prática e busca resgatar o controle do processo e do produto.
    Diante dessas reflexões, observa-se como tem avançado por parte da legislação educacional no que concerne a escola infantil para a elaboração e execução da sua proposta pedagógica, mas ainda há uma forte inadequação face às demandas da sociedade, precisando abandonar seus modelos estáticos e posicionar-se dinamicamente, aproveitando as sinergias oriunda das interações com a comunidade, fomentando interações interpessoais, a fim de que a escola infantil desenvolva um trabalho participativo, democrático como uma instituição autônoma, responsável e educadora, descobrindo novos caminhos para desempenhar a sua missão.
    59
    XXXII - FORMA DE INTERAÇÃO ENTRE PROFESSOR-ALUNO E CRIANÇA-CRIANÇA
    Interação professor-aluno O parceiro da criança em seu processo de desenvolvimento é o professor. Sua função é de ser uma pessoa verdadeira, que se relacione afetivamente com a criança, garantindo-lhe a expressão de si, visto que ele precisa de alguém que acolha suas emoções, e assim, lhe permita estruturar seu pensamento. Estas atitudes de interação com parceiros levam as crianças a dominar formas de agir, pensar e sentirem-se presentes em seu meio cultural, resultando em um constante processo de elaboração de suas identidades. Nessa acepção, é de fundamental importância que o professor mantenha uma boa relação com o aluno, sendo esta de respeito, afetividade e disponibilidade, isso refletirá positivamente nos resultados esperados pelo professor do aluno. A relação entre professor e aluno deve ser dinâmica como deve ser qualquer relação entre os seres humanos. A relação educador-educando não deve ser uma relação de imposição, mas sim, uma relação de cooperação, de respeito e de crescimento. O aluno deve ser considerado como um sujeito interativo e ativo no seu processo de construção de conhecimento. Assumindo o educador um papel fundamental nesse processo, como um indivíduo mais experiente. A interação criança-criança Cada vez mais tem sido defendida a criação, nas creches e pré-escolas, de ambientes de aprendizagens coletivas, por estes promoverem a capacidade da criança relacionar-se desde cedo com parceiros diversos, particularmente com outras crianças. A proposta de favorecer as interações sociais com seus pares de idade pode ajudar as crianças a controlar seus impulsos ao participarem no grupo infantil. Essas interações que as crianças estabelecem entre si, de cooperação, confrontação, busca de consenso favorecem a manifestação de saberes já adquirido e a construção de um conhecimento partilhado. (Oliveira, 2011, p.146), pois elas são ricas em conteúdos e variam nos diferentes contextos, em consequência de elementos como o tamanho do grupo, os objetos disponíveis o tipo de atividades. Além, de outras atividades os jogos e os brinquedos
    60
    são favorecedores dessa interação criança-criança ao desenvolver competências sociais de trocas estabelecidas pela natureza do brincar e do uso do simbólico.
    XXXIII - COTIDIANO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
    O trabalho com projetos na creche e na pré- escola
    A Resolução nº 05/09, no seu Art. 9° ressalta que as práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações e a brincadeira, garantindo experiências que:
    O currículo da educação infantil, nesta instituição de ensino, deverá ser constituído de práticas de projetos didáticos, entre outras, práticas metodológicas. Os projetos didáticos, segundo (Oliveira, 2011, p. 238) organizam-se segundo temas sobre os quais as crianças vão tecer redes de significações.
    Essa prática didática é proposta como estratégias de ensino que busca superar uma visão de estabilidade e transparência do ambiente em que as crianças estão inseridas, o qual precisaria apenas ser conhecido, abrindo possibilidades para cada criança indagar, criar, relações e entender a natureza cognitiva, estética, política e ética de seu ambiente, atribuindo-lhe significados.
    Na educação Infantil, desde muito pequenas, as crianças aperfeiçoam as experiências que já existem e adquirem novas estratégias. Nesse sentido, ao agir sobre o mundo, desenvolvem-se e constroem aprendizagens. Nessa perspectiva, os projetos podem constituir-se em um eficiente instrumento de trabalho para os educadores que atuam na educação infantil.
    Para (Horn, 2008, p.85) a pedagogia de projetos oferece aos professores a possibilidade de reinventar o seu profissionalismo, de sair da queixa, da sobrecarga de trabalho, de isolamento, da fragmentação de esforços para criar um espaço de trabalho cooperativo, criativo e participativo.
    Essa prática metodológica pode ser usada nos diferentes níveis da escolaridade, desde a educação infantil até o ensino médio. Todavia, deve se considerar que cada um desses níveis possuem especificidades e características peculiares que os vão distinguir em alguma medida: com relação ao grupo etário, e a realidade circundante.
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    O professor pode, ele mesmo, a partir de uma necessidade identificada no grupo com o qual, trabalha apresentar um projeto a ser trabalhado e explorado pelo grupo, ou ainda, os professores devem também levar em conta os interesses declarados pelas crianças, as dúvidas apontadas sobre determinado assunto, os questionamentos, o que indica o nível de curiosidade das crianças e assim poderá servir de tema para ser trabalhado em um projeto.
    Como são tratados os jogos e as brincadeiras
    Nos estudos de Arce (2004) ela apresenta contribuições de Elkonin, Leontiev e Vigotski, acerca das distintas concepções de ser humano e de sociedade e, consequentemente, das distintas concepções a respeito do jogo e do desenvolvimento infantil. A autora faz referências à Teoria da Atividade e o jogo: Elkonin e Leontiev e a psicologia histórico-cultural. A partir deste quadro teórico, Arce situa a brincadeira e o jogo na educação pré-escolar. Afirma ela que Leontiev, Elkonin e Vygotsky concordam que o jogo é a atividade principal no período da infância.
    O brincar fornece à criança a possibilidade de construir uma identidade autônoma, cooperativa e criativa. A criança que brinca adentra o mundo do trabalho, da cultura e dos afetos pela via de representação e da experimentação. A brincadeira é um espaço fundamental da infância.
    Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação, isto implica que aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica. Nesse sentido, para brincar é preciso apropriar-se de elementos da realidade imediata de tal forma a atribuir-lhes novos ignificados. Essa peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade. As atividades lúdicas das crianças são demarcadas por brincadeiras e jogos.
    Brincadeiras e jogos motores
    Com as brincadeiras e jogos, as crianças aprendem a movimentar-se de diversas formas, desenvolvendo a coordenação motora, o conhecimento do seu corpo, combinar cumprir regras, o qual por sua vez apoiará o desenvolvimento cognitivo e social. Envolvem a motricidade ampla, exigindo muito mais espaço, atividades ao ar livre possibilitam que as crianças corram, escalem, saltem etc. para as crianças menores, os espaços devem conter
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    almofadas, espelhos, caixas, túneis, móbiles, enfim um ambiente que estimule as habilidades motoras das crianças.
    Brincadeiras e jogos simbólicos
    Para a perspectiva histórico-cultural o brinquedo tem claras relações com o desenvolvimento infantil. Principalmente em atividades de faz-de-conta e jogos de papéis. Essa relação torna-se possível porque o brinquedo permite a criança desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória e a imaginação. Com as brincadeiras e jogos, as crianças aprendem a movimentar-se de diversas formas, desenvolvendo a coordenação motora, o conhecimento do seu corpo, combinar e cumprir regras, o qual por sua vez apoiará o desenvolvimento cognitivo e social.
    A criança para brincar é preciso apropriar-se de elementos da realidade imediata de tal forma a atribuir-lhes novos significados. Essa peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade.
    Jogos com regras e intelectuais
    Os jogos classificados por regras específicas, entre a faixa etária dos 2 e 3 anos de idade, precisam ser simples com regras não muito complexas. Podem ser atividades acompanhadas por canções nas quais as crianças sigam algumas instruções. Na faixa etária de 4 e 5 anos os jogos tornam-se mais complexos, exigindo mais agilidade nos movimentos, e desenvolvendo novas habilidades de pensamento. Oliveira (2002) traz a brincadeira como recurso privilegiado do desenvolvimento da memória e a capacidade de expressar-se, interagir e argumentar, a partir de diferentes linguagens. Os jogos coletivos como: (esconde esconde, pega-pega, jogos de mico, memória, bingo, etc).
    Jogos e brincadeiras tradicionais
    Os momentos de jogo e de brincadeira devem se constituir em atividades permanentes nas quais as crianças poderão estar em contato também com temas relacionados ao mundo social e natural. O professor poderá ensinar às crianças jogos e brincadeiras de outras épocas, propondo pesquisas junto aos familiares e outras pessoas da comunidade e/ou em livros e
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    revistas. Para a criança é interessante conhecer as regras das brincadeiras de outros tempos, observar o que mudou em relação às regras atuais, saber do que eram feitos os brinquedos.
    Eixos de trabalho
    O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - RCNEI, elaborado pelo Ministério da Educação e utilizado como referência por muitas instituições, propõe a organização do trabalho em dois âmbitos de experiência: “formação pessoal” e “conhecimento de mundo” (incluindo respectivamente os eixos Identidade e Autonomia e os eixos Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade, Matemática). Em cada um desses eixos de trabalho são definidos objetivos específicos por idade (crianças de 0 a 3 anos e crianças de 4 a 6 anos), dos quais decorrem os conteúdos que irão possibilitar a concretização das intenções educativas. A partir daí, são definidas as orientações didáticas.
     Identidade e autonomia
    A construção gradativa da identidade e da autonomia ocorre através do conhecimento adquirido a respeito de si mesmo e ao desenvolvimento e utilização de vários recursos pessoais em diferentes situações vivenciadas pela criança. Com isto, ela vai percebendo a distinção entre si e as outras pessoas vai construindo uma autoimagem e uma autoestima e a partir do modo como é vista e valorizada pelos outros e principalmente aqueles que constituem seu suporte afetivo ( familiares, amigos, professores) e etc.
    Em consonância com o desenvolvimento da identidade a criança desenvolve a capacidade de se conduzir e tomar decisões, ampliando gradativamente, a sua perspectiva social, até considerar a perspectiva do outro, ou seja, sai de uma condição de heteronomia- legitimidade de regras e valores oriundos do adulto para uma condição de autonomia, quando a criança gerencia suas ações e julgamentos.
    Piaget (1994) comenta que enquanto a criança não dissociar o seu eu do mundo físico e social ela não irá cooperar, porque para torna-se consciente de si, precisará liberta-se da coação exercida pelo adulto desde o seu nascimento, ou seja, o desenvolvimento da sua autonomia a levará a uma condição de cooperação, uma vez que ao ser respeitada, ela aprende a ser respeitar e a cooperar com o outro.
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     Movimento
    O movimento é algo mais que simplesmente mexer partes do corpo ou deslocar-se no espaço, visto que a criança o utiliza para expressar-se, bem como agir de maneira cada vez mais independente sobre o mundo á sua volta, desenvolvendo a sua autonomia.
    O movimento infantil está presente em toda a manifestação da criança, mesmo quando está quieta, parada, ela comunica-se com o mundo.
    Diante disso, è imprescindível que ela possa vivenciar a sua mobilidade, desfrutando da sua linguagem corporal e capacidade motora através, de brincadeiras, jogos, danças, atividades esportivas, demonstração de afeto, reproduções e imitações comportamentais.
     Música
    Muitas vezes, associada ao movimento infantil encontra-se a linguagem musical, presente em todas as culturas, nas mais diversas situações, integrando aspectos lúdicos, afetivos, estéticos, cognitivos e contemplando aspectos motores através das danças ou rituais.
    No contexto da Educação Infantil, a música vem sendo utilizada como suporte para vários propósitos como: formação de hábitos, atitudes e comportamentos, comemorações e brincadeiras. Além disso, favorece o desenvolvimento do gosto e expressão musical em experiências que envolvem a vivência (produção musical), a percepção (apreciação musical) e a reflexão (organização, produto e produtores), em diferentes níveis de elaboração.
     Artes visuais
    Assim como a música, as artes visuais são linguagens e formas importantes da expressão humana. Expressam e comunicam sentimentos e ideias através de traço, cor, forma, espaço e volume em produção de desenho, escultura, brinquedos, pintura, bordados, entre outros. Sendo as artes visuais um modo de expressão, uma linguagem de característica e estruturas próprias, pode-se contemplar na Educação infantil os seguintes aspectos: o fazer artístico, centrado na exploração, expressão e comunicação, propiciando a criação pessoal; a apreciação, através da percepção dos sentidos que o objeto propõe; a reflexão sobre os conteúdos do objeto artístico que se manifesta, as produções e os artistas que as produziram.
     Linguagem oral e escrita
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    Aprender a linguagem oral e escrita é ampliar as possibilidades de participação nas práticas sociais e nos significados culturais pelos quais se interpreta e representa a realidade, através do desenvolvimento de quatro competências básicas: falar, escutar, ler e escrever.
    O trabalho com a linguagem oral não pode se restringir a rodas de conversas ou algumas atividades dirigidas, uma vez que ela está presente no cotidiano da criança e na prática escolar. Como também, a linguagem escrita não pode se restringir à cópia de vogais e consoantes, muitas vezes grafadas com aspectos humanos ou de animais, ensinadas uma a uma ou com exercícios mimeografados de pontilhados a serem cobertos.
    As crianças estão em constante contato com a linguagem escrita através de diferentes tipos de textos, tais como: letreiros, placas de ônibus, livros, jornais, histórias em quadrinhos, embalagens, cartazes etc., antes mesmo de ingressarem na escola” não esperando a permissão dos adultos para começarem a pensar sobre a escrita e seus usos”( BRASIL,2001,v.3, p. 122).
    Quanto mais as crianças forem estimuladas a falar em diferentes situações, mais elas poderão desenvolver a sua capacidade comunicativa, vivenciada em diversos contextos,
    como contar histórias, explicar regra de um jogo ou brincadeira, pedir informação, dar um recado, contar o que aconteceu em casa ou o que fez no fim de semana.
    Em relação á leitura e à escrita, comentadas anteriormente, o processo de letramento se dá em situações significativas no brincar, dentre elas, as que a criança pode vivenciar a imitação e recriação da realidade e utilizar recursos da linguagem oral e escrita, em atividades lúdicas em ambientes letrados.
     Natureza e sociedade
    A criança vive em um mundo onde ocorrem fenômenos naturais e sociais indissociáveis, que lhe desperta muita curiosidade. Por isso, a proposta para o eixo natureza e sociedade reúne temas pertinentes ao mundo social e natural que devem ser trabalhados de forma integrada, considerando as especificidades dos diferentes campos das ciências humanas e naturais.
    É lamentável que em muitas práticas pedagógicas os conteúdos sociais estejam relacionados apenas às datas comemorativas ( Dia das Mães, Dia do Índio, Páscoa, Dia do Soldado, Dia da Bandeira, Carnaval, etc, ) colorem desenhos mimeografados, são fantasiadas ( coelhinhos, soldados, índios, entre outros ) e cantam músicas, sem aprofundamento, discussão e reflexão crítica sobre os temas.
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    Em relação aos conteúdos naturais estes, muitas vezes, limitando-se à noções sobre o corpo humano e características dos seres vivos ( animais e plantas ), desconsiderando o conhecimento que as crianças possuem e a possibilidade de formularem hipóteses para serem investigadas posteriormente.
     Matemática
    No tocante à matemática, as crianças participam de diversas situações em seu cotidiano envolvendo números, relações com quantidades, noções de tempo e espaço, utilizando muitas vezes recursos próprios e não convencionais na resolução de problemas, tais como: conferindo objetos (tampinhas, figurinhas ), contando pontos em jogos, repartindo balas, manipulando dinheiro, constatando distâncias, descobrindo caminhos, etc.
    O trabalho com a matemática, em muitas práticas, limita-se à memorização de algarismos isolados, muitas vezes grafados com características humanas ou de animais, cobrir pontilhados, colagem de bolinhas de papel em numerais, cópias repetidas de um mesmo numeral ou de sucessão numérica ou com associação entre numerais e desenhos com quantidades.
    O desenvolvimento do pensamento lógico-matemático na educação infantil se dá em atividades consideradas pré-numéricas que ocorrem na associação entre a ação física e intelectual da criança, através das quais ela constrói significados, atribui sentidos e adquire a noção de números em ações de classificar, ordenar e comparar objetos em diferentes critérios.
    É na diversidade de experiências com o universo matemático, proporcionadas às crianças, que elas vão construindo as noções matemáticas (contagem, relações quantitativas e espaciais, ordenação, etc.), organizando o pensamento lógico matemático, em situações intencionais e planejadas ou espontâneas, tecendo comentários, formulando perguntas e reconhecendo a necessidade dessas ferramentas em seu cotidiano.
    Inclusão Digital na Educação Infantil
    Com a melhoria das tecnologias digitais e a crescente rapidez das informações, surgem novas necessidades para o âmbito escolar. Dentre elas, a acessibilidade a esses meios, com o uso do computador, constituindo-se parte integrante do processo de desenvolvimento do aprendizado das crianças.
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    Ao inserir a criança da Educação Infantil no mundo digital estamos lhes oportunizando novas experiências na busca de aquisição do conhecimento. Com isto, criam-se novas formas de ensinar e aprender, trazendo à educação características inovadoras capazes de motivar professores e alunos, sendo bastante significativas para o desenvolvimento da autonomia, da criatividade e da possibilidade de execução na construção do conhecimento.
    Nessa acepção, acreditamos que com a inclusão digital desde a Educação Infantil se permitirá que o aluno tenha subsídios necessários para confrontar-se com a realidade num futuro, principalmente profissional. A Creche e Pré Escola Mundo Feliz iniciará a inclusão digital ao transferir-se para a nova Unidade do Proinfância, visto que não dispomos de um laboratório na creche atual. O Proinfância vem nos garantir essa oportunidade por contar com um laboratório em suas instalações. A inclusão digital com os pequenos deverá iniciar-se a partir dos 3 anos de idade. Sendo mediada pelo professor do laboratório de uma maneira lúdica, com informações e programas adequados para essa faixa etária, explorando principalmente os sentidos, permitindo a construção do conhecimento de forma interativa e dinâmica, contribuindo para uma igualdade social desse modo, permitindo que as crianças menos favorecidas, desde cedo, tenham o contato com os meios tecnológicos.
    Transição para o ensino fundamental
    A transição do aluno da educação infantil para o ensino fundamental, não considera o processo avaliativo para legitimação, dessa passagem para esta nova modalidade de ensino, porém, a Creche e Pré-Escola com outra conotação diferente de não ser a de transmitir conceitos, anexa, em sua documentação, fichas de acompanhamento do desempenho escolar desse aluno, como forma de facilitar sua continuidade no processo educativo frente uma nova realidade escolar.
    O Ensino Fundamental de nove anos configura-se como uma recente política no âmbito educacional e tem diante de si, uma série de desafios. A passagem do ensino infantil para o ensino fundamental efetiva-se como um desses desafios e os documentos oficiais prescrevem que esse período deve ser caracterizado pela continuidade e não por rupturas, pois estas influenciam o desenvolvimento biológico e psicológico da criança, potencialmente imprimindo-lhes marcas negativas.
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    XXXIV - BRASIL CARINHOSO – PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA
    O Programa Saúde na Escola (PSE), lançado em 2008, é resultado de uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação que tem o objetivo de reforçar a prevenção à saúde dos alunos brasileiros e construir uma cultura de paz nas escolas. O programa estrutura-se em quatro blocos. O primeiro consiste na avaliação das condições de saúde, envolvendo estado nutricional, incidência precoce de hipertensão e diabetes, saúde bucal (controle de cárie), acuidade visual e auditiva e, ainda, avaliação psicológica do estudante. O segundo trata da promoção da saúde e da prevenção, trabalhando as dimensões da construção de uma cultura de paz e combate às diferentes expressões de violência, consumo de álcool, tabaco e outras drogas. Também neste bloco há uma abordagem à educação sexual e reprodutiva, além de estímulo à atividade física e práticas corporais. O terceiro bloco do programa é voltado à educação permanente e capacitação de profissionais e de jovens. Essa etapa está sob a responsabilidade da Universidade Aberta do Brasil, do Ministério da Educação, em parceria com os Núcleos de Tele saúde, do Ministério da Saúde, e observa os temas da saúde e constituição das equipes de saúde que atuam nos territórios do PSE. O último trata-se do monitoramento e a avaliação da saúde dos estudantes por intermédio de duas pesquisas. A primeira é a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que contempla, além de outros, todos os itens da avaliação das condições de saúde e perfil socioeconômico das escolas públicas e privadas nas 27 capitais brasileiras. O resultado dessa pesquisa serve para que as escolas e as equipes de saúde tenham parâmetro para a avaliação da comunidade estudantil. A segunda pesquisa é o Encarte Saúde no Censo Escolar (Censo da Educação Básica), elaborado e aplicado no contexto do Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) desde 2005. Essa sondagem consiste em cinco questões ligadas mais diretamente ao tema DST/AIDS. O tempo de execução de cada bloco será planejado pela Equipe de Saúde da Família levando em conta o ano letivo e o projeto político-pedagógico da escola. As ações previstas no PSE são acompanhadas por uma comissão intersetorial de educação e de saúde, formada por pais, professores e representantes da saúde, que poderão ser os integrantes da equipe de conselheiros locais.
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    Todas as ações do programa são possíveis de serem realizadas nos municípios cobertos pelas equipes do Saúde da Família. Na prática, o que ocorre é a integração das redes de educação e do Sistema Único de Saúde. Os municípios interessados devem manifestar sua vontade em aderir ao programa, assegurado por Portaria do Ministério da Saúde que define os critérios e recursos financeiros pela adesão e orientará também a elaboração dos projetos pelos municípios. O Ministério da Saúde, além de incentivo financeiro, é responsável pela publicação de almanaques para distribuição aos alunos das escolas atendidas pelo PSE, bem como fará ainda cadernos de atenção básica para as 5.500 equipes de Saúde da Família que atuarão nas escolas. Com o Programa Brasil Carinhoso, propôs-se a inserção de instituições de educação infantil no PSE. O Programa passou a integrar suas ações na Semana Saúde na Escola, que a partir deste ano, sempre na primeira semana do mês de Março, desenvolve ações com vistas no trabalho da promoção da saúde na escola. Em 2012, o tema da Semana tratou de abordar a Obesidade enfocando ainda a adoção de hábitos saudáveis de alimentação e incentivo aos exercícios físicos.
     
  • XXXV – METAS GLOBAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
    Na Educação Infantil, espera-se que as crianças: Falem de forma clara e adequada, usando a língua com desenvoltura e espontaneidade: Expressem suas opiniões e ideias em pequenos e grandes grupos; Saibam se expressar linguística e artisticamente, demonstrando seu pensamento, intenções e interesses; Compreendam as instruções dadas por seus pares e adultos; Executem as instruções dadas em situações espontâneas e formais por seus pares e adultos se assim o desejarem ou sempre que julguem necessário; Consultem livros, revistas e outros materiais impressos, demonstrando interação com a linguagem escrita; Identifiquem e discriminem o uso da linguagem em determinados gêneros textuais, como: histórias de faz de conta, jornal, poesia, bilhete, etc. Consigam manipular lápis, canetas, pincéis, para escrever, desenhar, pintar e usar os dedos para modelar e criar;
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    Saibam fazer registros simples por escrito, com ou sem ajuda; Reconheçam a função social da linguagem escrita; Saibam participar ativamente de atividades em pequenos e grandes grupos, praticando diferentes formas de registro como contribuição para os planos coletivos; Utilizem informação adquirida para explorar e compreender novas situações; Saibam contar casos e/ou histórias e recontá-las depois de ouvir alguém contar ou em outra situação; Sugiram alternativas para resolução de problemas; Criem sugestões para novas atividades, jogos e brincadeiras; Finalizem as atividades antes de engajarem em outras; Situem-se dentro de seus contextos, reconhecendo-os como tais (lar, escola, bairro, cidade); Reconheçam fenômenos naturais, com postura investigativa, elaborando hipóteses e perguntas sobre aspectos relativos à sua observação da natureza e/ou acontecimentos sociais; Reconheçam números, quantidades, formas, categorias de objetos e suas características, relacionando-os com a vida cotidiana; Reconheçam a função social dos números e sua importância; Incluam e apliquem conhecimentos matemáticos simples às situações problema, perceptíveis tanto em atividades espontâneas quanto naquelas propostas com fins de aprendizagem de determinada habilidade; Reconheçam a si e a seus pares e adultos (na família, escola, etc); Encontrem inserção nos grupos aos quais pertencem, identificando a sua contribuição e a dos outros; Situem no tempo e espaço um determinado objeto ou acontecimento; Reconheçam os valores de convivência relacionando-os com as situações vividas; Reconheçam seus sentimentos e os dos outros, sendo capazes de falar sobre eles; Demonstrem interesse em ajudar os outros e peçam ajuda quando sentirem necessidade; Sintam-se confiantes para se movimentar dentro de seus espaços, em diferentes momentos e com as pessoas que integram o ambiente; Saibam cuidar de si e de seus pertences; Possuam conhecimento do seu corpo, no que diz respeito aos seus movimentos (lento e rápido), controle e possibilidades, identificando suas partes e possíveis funções;
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    Cuidem de seu corpo físico, demonstrando confiança e segurança ao expandir o movimento;
    Além das metas projetas para as crianças, espera-se ainda: Ampliar o atendimento para as crianças com faixa etária a partir de 4 meses; Desenvolver mecanismos para o acesso e permanência das crianças na escola; Envolver e interagir com a comunidade visando uma participação ativa; Valorizar os profissionais da escola, social e profissionalmente, incentivando a realização de programas de formação continuada que estimulem a melhoria e o rendimento do professor e demais segmentos técnicos e administrativos; Incentivar entre os membros da comunidade escolar os valores morais positivos, contribuindo para a melhoria do relacionamento interpessoal; Tornar público todos os atos da gestão, assegurando a transparência na administração da unidade escolar; Discutir com a comunidade escolar a aplicação dos recursos financeiros recebidos pela escola, promovendo reuniões para a prestação de contas das despesas das compras realizadas; Fortalecer a participação dos vários segmentos nas decisões da escola; Planejar encontros que tragam a família para a escola; Promover reuniões periódicas entre professores, equipe gestora e pais para avaliar o processo de ensino aprendizagem; Desenvolver um ambiente favorável entre todos os membros da escola, sendo solidário com os problemas de ambos e está disposto a ajudá-los. Promover festas e eventos com a participação de pais, alunos, professores e funcionários; Permanecer com o Conselho Escolar e o da Unidade Executora, sempre atualizados e atuantes; Assegurar continuamente o acesso e a permanência dos portadores de necessidades educativas especiais na Escola; Fortalecer continuamente a Gestão Democrática; Adquirir recursos junto a SMEC para aquisição de Livro Didático para a Educação Infantil; Adquirir junto a SMEC recursos destinados a aquisição de recursos tecnológicos, tais como, (data show, dentre outros);
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    78
    ANEXOS
     

6 comentários:

  1. Adorei a Proposta, pois, me ajudará e muito! Na escolha dos livros que terei de ler para elaborar a minha.

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  2. Adorei a proposta, me tirou muitas dúvidas na elaboração de minha proposta.

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  3. Há algum tempo vinha pesquisando um documento que nos norteasse mediante a elaboração da nossa proposta pedagógica para proinfância, e desde 2011 estamos construindo por parte este documento, e esta maravilhosa proposta de riacho da cruz pode contribuir e muito para o fechamento de ideias da equipe da Semec. Parabéns pelo belíssimo trabalho.

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  4. Amei as sugestões que Deus de sabedoria para nos ajudar mais e mais

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